domingo, 23 de dezembro de 2007
2008 aí... e no Velho Continente a Champions League Promete!
- Celtic X Barcelona: Apesar do time escocês terem sobrevivido a um bom duelo contra Benfica e Shaktar, a equipe de Messi, Eto'o, Ronaldinho, Deco e Henry não deve ter grandes dificuldades, ainda que não esteja no seu ponto alto.
- Lyon X Manchester Utd: Sempre quis ver o Lyon nas cabeças dessa competição, porém, o sorteio não foi muito feliz para a equipe francesa que terá dificuldades para segurar Rooney, C. Ronaldo, Tevez, Anderson e cia.
- Schalke 04 X Porto: Talvez o confronto mais equilibrado dessa fase, o ponto que pode desiquilibrar para a equipe portuguesa tem nome - Ricardo Quaresma!!
- Liverpool X Internazionale: Inegavelmente os Reds tem uma excelente equipe liderados por Gerrard e Fernando Torres, mas aposto minhas fichas na Internazionale que, desde os tempos do Fenônemo, não emplaca em competições internacionais e deve vir com tudo.
- Roma X Real Madrid: O Real passa pela sua melhor fase dos últimos anos, e o favoritismo da equipe espanhola foi estampado pela imprensa daquele país, eu tomaria mais cuidado nessa afirmação, acho que a Roma tem grandes chances de surpreender o Real que vai ter segurar a dupla Totti e Mancini. A Roma conta ainda com Cicinho que apesar de não ter trabalhado com o atual técnico conhece quase na totalidade o elenco merengue.
- Arsenal X Milan: Esse confronto vale a pena assistir, a grande surpresa da temporada, o Arsenal jogando um futebol bonito e ganhando vem liderado por Cesc Fábregas (que para mim é o melhor jogador da temporada européia até o momento, e deve estar no próximo Fifa Gala em um dos três primeiros postos de melhor jogador do mundo) e enfrente o melhor time do mundo na atualidade que vai fazer de tudo para revalidar seu título. Equilibradíssimo, um favoritismo um pouco maior para aquele que conta com o Melhor do Mundo atualmente, Kaká.
- Olympiacos X Chelsea: O Olympiacos surpreendeu a todos deixando para trás Werder e Lazio e acabando com o mesmo número de pontos do Real Madrid, mas mesmo contando com um fator casa fortíssimo deve parar de surpreender por aqui, já recuperado da perda de Mourinho o Chelsea deve passar com certa tranquilidade.
- Fenerbahçe X Sevilla: O favoritismo é da equipe espanhola, mesmo sem ter Juande Ramos à frente a equipe se mantêm na sua rota de tornar-se uma equipe grande, pessoalmente eu prefereria a vitória dos turcos, gostaria muito de ver quanto a equipe do Galinho, Alex, Deivyd e Roberto Carlos pode fazer frente a frente contra um gigante europeu, e sinceramente não acho impossível que vejamos o Fener nas quartas.
E era isso, agora é só esperar porque 2008 promete ser um ano de muito bom futebol, até mesmo na nossa terrinha, as equipes estão se reforçando bem dentro e fora de campo...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Aproveitem um pouco de Vaguinho e até de Jec
Não gosto de postar nada na integra, respeito a propriedade intelectual, mas tenho que admitir que gostei do que li... É um simples jogador de futebol, falando como jogador de futebol. Se é mentira ou verdade não sei, só sei que gostei. Simples e fácil, que nem o futebol. E ainda por cima fala do Joinville.
Aproveitem a entrevista de Vaguinho, ex Jec, publicada na Gazeta Esportiva (http://www.gazetaesportiva.net/entrevista/futebol/ent198.php )
“Traído por si mesmo”, Vaguinho esquece o doping e busca nova vida no Canindé - por Rafael Ribeiro, especial para a GE.Net
Sumido desde que foi flagrado por uso de maconha, Vaguinho, atacante da Portuguesa, resolveu finalmente quebrar o silêncio após 41 dias de reflexão. Nesta entrevista exclusiva, a primeira desde o ocorrido, o jogador revela arrependimento pelo trago, que garante ter sido acidental em uma festa de aniversário. Ele recebeu a reportagem da GE.Net em seu apartamento, no bairro da Casa Verde, Zona Norte paulistana. Explicou a opção por desaparecer do clube no último mês, falou das expectativas para o seu futuro e até do imbróglio pelo qual passa sua renovação contratual.
Vágner Luis da Silva nasceu no dia 13 de setembro de 1981, em Mococa, interior paulista. Revelado pela Ponte Preta, teve uma passagem sem grande destaque pelo Joinville. Chegou à Portuguesa no começo de 2007, como parte do plano de renovação do elenco proposto pelo técnico Vágner Benazzi para a disputa da Série A-2 do Campeonato Paulista. Conquistou o título, foi figura importante em boa parte da excelente campanha do acesso à Série A do Brasileirão, mas acabou ganhando os holofotes não pelos gols marcados e as boas jogadas.
A vida de Vaguinho mudou radicalmente na tarde do dia 9 de novembro, quando seu nome apareceu na chamada principal do site da CBF. Não era uma convocação à seleção brasileira, como aconteceria com os companheiros Diogo e Leonardo, mas sim a divulgação do até então único caso de doping na Série B. E a substância encontrada não poderia ser mais comprometedora: metabólito do Tetraidrocanabinol, cientificamente conhecida como cannabis sativa, popularmente chamada de maconha, em exame realizado no empate por 2 a 2 da Lusa com o Paulista, pela 27ª rodada da competição.
Punido com 120 dias de suspensão pelo STJD, às vésperas do massacre rubro-verde de 6 a 2 sobre o Barueri, resultado fundamental para que o acesso fosse confirmado dias depois, Vaguinho reconhece que lhe faltou maturidade e, por este motivo, planeja mudanças, notadas até pela confusão atual de seu apartamento.
O lugar será devolvido após a atual reforma, pois o atleta planeja morar em um local mais próximo do Canindé, provavelmente no bairro de Santana. Sinal dos tempos, afinal, ele está de casamento marcado para o próximo dia 28. A noiva, ironicamente, foi esquecida bem na noite da festa que acabou originando o doping do jogador. Apesar da escapada de Vaguinho, a garota manteve-se fiel ao saber da verdade e o ajudou no período de lamentação e tristeza que seguiu o flagra nos exames da CBF.
Em meio às provas das roupas e os preparativos finais para a troca de alianças, Vaguinho mantém a esperança de reduzir a pena imposta pelo STJD, que lhe tira dos gramados até o dia 7 de março. Se a pena for mantida integralmente e o atacante permanecer no Canindé, fica a expectativa da reestréia no jogo contra o São Paulo, marcado para a 13ª rodada do Campeonato Paulista. Se depender de Benazzi, espécie de ‘segundo pai’ do jogador, a escalação está garantida.
Gazeta Esportiva.net: Vaguinho, nesta sua primeira entrevista, uma pergunta é inevitável: o que de fato aconteceu para você ser flagrado no antidoping?
Vaguinho: Vim de família pobre, que trabalhava na zona rural, e tive uma oportunidade de jogar futebol em Campinas. No início da carreira, eu não era tão santinho assim, não. Saía, pegava umas festas, ia para as baladas, mas nunca fui de fazer nada que me prejudicasse. A única coisa que via que estava me prejudicando era perder algumas noites de sono por causa da cervejinha, mas isso aí a maioria dos jogadores fazem, ninguém esconde.
O que aconteceu desta vez foi que fui à festa, que era de ambiente familiar, um aniversário de um amigo, e tinha um barato lá de fumar narguilé... Fui saber o nome só agora que o advogado da Portuguesa, o Doutor Valdir (Rocha) me falou. Tinha bastante gente, mas eu não vou citar nomes. O rapaz que estava fazendo aniversário também estava fumando. Eu já tinha tomado umas, estava de folga e comecei a fumar com eles. E depois de uma cervejinha e outra, senti que estava meio tonto. Achei até que era por causa da cerveja mesmo, porque não estou acostumado a beber e se eu bebo quatro cervejas eu já fico ruim. Senti tontura, mas nem falei nada ao médico (Julio Stacanti) e ao Benazzi. Até porque se eu soubesse que tinha usado essa substância, chegaria neles e falaria numa boa, os dois são pessoas que têm a mente aberta e você pode chegar e falar de coisas até particulares que não têm nada a ver com o clube.
GE.Net: Quer dizer que você não sabia mesmo os riscos que corria?
Vaguinho: Foi isso que aconteceu e acabei flagrado no exame antidoping no dia do empate por 2 a 2 com o Paulista. Até dei azar porque no jogo, não estava muito bem e as pessoas podem pensar que usei aquilo naquele jogo. Mas o que ocorreu mesmo foi nesse aniversário.
GE.Net: Na hora, você não reparou nada estranho, nada que desse mesmo a entender que era maconha?
Vaguinho: Eu não senti nada. Até pessoas mais novas que eu sabem que a maconha tem um cheiro diferente do aroma que estava lá. E você pode ver nos barzinhos aqui da Zona Norte, até aqui perto de casa. Tem bares que eles colocam (a narguilé) lá para quem quiser usar. E eu, como curioso que sou, fui querer fumar aquele dia e acabei sendo pego. Mas acho que a vida não acaba por aí, não. Ainda sonho em voltar a jogar e gostaria que fosse pela Portuguesa. Mas teve um pequeno problema lá entre a Portuguesa e meu procurador...
GE.Net: Já que você citou o assunto, apesar do bom relacionamento com a diretoria, a renovação está sendo complicada. Ouvindo a Portuguesa, tudo parecia estar caminhando para um acerto rápido. Quais os empecilhos encontrados no meio do caminho? O que o seu procurador (Oldegard Filho) está pedindo?
Vaguinho: Essa história do procurador agora eu vou começar a falar. Eu não tinha procurador e o pessoal do Joinville me indicou o seu Oldegard, que é um agente Fifa, coisa que poucos são hoje aqui no Brasil. Conversei um pouco com ele e entendo que é uma pessoa muito fina, muito centrada naquilo que quer. Pode ver que ele tem vários jogadores, como o Fernandinho (lateral-esquerdo do Cruzeiro) e o Alecsandro (atacante, também da Raposa), que são destaques. Deixei bem claro no clube que minha prioridade sempre seria a Portuguesa. Vamos ver o que acontece.
GE.Net: Depois do doping, você se preservou bastante e chegou ao ponto de se recusar a aparecer na foto oficial do acesso. Por que esse tipo de comportamento?
Vaguinho: A gente vinha trabalhando, fazendo um ano excelente. Surgiram várias propostas do exterior e de times grandes, até do Brasil também, e então aconteceu isso comigo na reta final. Fiquei chateado. Eu quis me desligar totalmente, fui para uma cidadezinha onde ninguém me conhece, fiquei lá com minha noiva retirado. Não vi nenhum programa de esportes para não ficar com aquilo na cabeça. Já vi o que aconteceu com muitos jogadores, que quiseram meter a boca, foram na imprensa falar. No meu caso foi um acontecimento inesperado e eu preferi ficar um pouco afastado para não me exaltar nas declarações. Estava nervoso, nervoso comigo mesmo por ter desperdiçado uma oportunidade. Agora é bola para frente, estou com casamento marcado para o dia 28. Não foi um ano muito negativo, foi mediano. O Vaguinho estava escondido lá no Sul e agora novamente as pessoas aqui de São Paulo viram que eu estava fazendo um trabalho correto e tenho tudo para voltar em 2008.
GE.Net: Pode-se dizer que a amizade com o técnico Vágner Benazzi ajudou um pouco a amenizar os reflexos da suspensão? Ele usa até o termo ‘filho’ ao se referir a você...
Vaguinho: O Benazzi é uma pessoa que me ajuda muito. Ele sempre pede para o Dirceu (massagista) vir falar comigo, perguntar se está tudo bem. O professor é uma pessoa diferente, que se preocupa com o atleta e é muito diferente de outros treinadores. O Benazzi me chama de filho e eu sempre vou tê-lo como um pai. Quando ele estava no Avaí, me pediu para ir para lá. O carinho é muito grande.
GE.Net: Além dele, mais alguém te deu força nesse momento difícil de reclusão? E sua família, como reagiu ao fato?
Vaguinho: Quem me deu mais força foi minha noiva, que ficou comigo o tempo todo. Poderia ter me abandonado. Dia 28 agora, ela poderia não estar casando comigo, mas ficou do meu lado. E no momento em que aconteceu isso (doping), ela não estava presente. Fui lá na festa sem pensar em comunicá-la porque pensei que não seria nada demais, até porque ela conhece outras pessoas que estavam lá. Até minha mãe, que é uma pessoa meio alterada, meio ‘estouradona’, ao contrário do meu pai que já é mais sossegado, ficou do meu lado, me ajudou, ficou preocupada. Meu sogro, minha sogra, meus familiares me apoiaram muito porque sabem a pessoa que eu sou. Nesse caso foi bem tranqüilo. Meus amigos verdadeiros me ligaram. Este período afastado foi bom para ver quem realmente está do meu lado.
GE.Net: Para quem chegou de forma discreta no começo do ano, até que você respondeu bem dentro de campo, dividindo os holofotes com o Diogo e sendo aclamado pela torcida mesmo depois do flagra no doping. Fica o sentimento de frustração por deixar o time justamente no momento mais importante da Lusa desde 1996?
Vaguinho: Eu queria estar lá, no dia da foto oficial, como foi no Paulista da Série A-2. Estive chateado, mas depois fiquei feliz pelo ano maravilhoso da Portuguesa, um trabalho excelente em todos os termos. Quando você faz as coisas corretamente, com certeza você alcança o objetivo. A Portuguesa precisa continuar nesse caminho, nessa luta, nesse empenho.
GE.Net: Teme ficar alguma seqüela do episódio no comportamento da torcida? Como espera encontrá-la para a próxima temporada?
Vaguinho: Como atleta profissional, tenho de ir a campo e esquecer tudo, fazer o melhor pela Portuguesa. Tenho certeza de que se eu não estiver correspondendo, os torcedores vão chiar mesmo, vão falar, mas tenho a certeza de que, em 2008, vou permanecer na Portuguesa e a torcida não vai vaiar. Vai aplaudir como sempre aplaudiu e presenciar cada vez mais as jogadas que deixei de fazer no restante do campeonato.
GE.Net: E os planos para 2008? Afinal, além da indefinição com a Portuguesa, também existe a pena do STJD para cumprir...
Vaguinho: Esse doping atrapalha no sentido de ter mais esse período para cumprir ainda (78 dias, mas cabe recurso). Não sei o que os advogados vão fazer para poder diminuir essa punição. Dia 2, vou me reapresentar e terei mais 25 dias de contrato para cumprir. Mas vamos ver, isso é o Oldegard que vai discutir lá com a Portuguesa. Pelo que eu sei, para entrar com o recurso é rapidão.
GE.Net: Mesmo conhecida por cobrar de forma dura, a torcida lusa reagiu positivamente ao seu caso, gritando o seu nome nos jogos finais. Como foi acompanhar tudo isso à distância? Seus companheiros também fizeram uma homenagem...
Vaguinho: Eu fiquei sabendo. Alguns amigos meus me ligaram lá da arquibancada para que eu pudesse ouvir. Fiquei sabendo que o time entrou com uma faixa, que a torcida gritou o nome. Isso que faz a gente permanecer, a querer ficar. Não tem como largar a Portuguesa rapidamente e sair com o serviço feito pela metade. Não assisti ao jogo, mas fiquei muito emocionado.
GE.Net: Como você avalia a atuação do departamento jurídico? Conseguiram uma pena de 120 dias, considerada pequena por especialistas em casos que envolvem o uso de drogas.
Vaguinho: O Doutor Valdir, além de advogado da Portuguesa, se tornou um amigo desde que eu cheguei. Coloquei o caso nas mãos dele, conversamos bastante. Eu estava ciente que iria pegar uma punição, mas é claro que a gente queria brigar pela absolvição. O departamento jurídico colocou até um advogado do Rio de Janeiro, um dos melhores tratando dessa questão de doping. Fizeram um esforço muito grande, ajudaram bastante. Eu só fiquei um pouco chateado porque o médico não foi lá no dia do julgamento. O depoimento dele poderia até ajudar um pouco mais, mas eu não tenho do que reclamar. Vou ter que pagar por esse erro. Estou do lado do Doutor Valdir. O médico não foi porque de certo tinha uma coisa importante para fazer no dia. Só mando um recado para a torcida, que pode ter a certeza de que em 2008 vão ver o Vaguinho vestindo a camisa da Lusa, porque é uma camisa que caiu muito bem para mim.
GE.Net: Ficou uma mágoa com o Doutor Stacanti ou da diretoria, então?
Vaguinho: De certo o médico estava ocupado lá no dia e a Portuguesa achou que, pelo fato de ter um advogado do Rio seria o suficiente. Mas, acho que o depoimento do médico, seria uma ajuda muito grande ali na hora da defesa. Mas não tenho mágoa nenhuma. Gosto demais do Senhor Iauca (Luís, vice de futebol luso), do presidente Manuel (da Lupa). Não tem nenhuma rixa, tenho uma admiração muito grande pelo André (Heleno), do Carlos (Justino), Adriano (Azevedo) – todos diretores de futebol. Não tenho bronca nenhuma da direção, só elogios a fazer e sei que eles estão do meu lado, já conversamos sobre isso. A questão da renovação fica para o Oldegard falar com eles.
GE.Net: O curioso é que logo após o estouro do seu caso surgiu o doping do Romário, flagrado com 41 anos pela primeira vez (por uso de substância proibida encontrada em tônicos capilares). Acompanhou a história?
Vaguinho: A gente fica meio assim de falar do Romário. Depois do Pelé, ele é o maioral aqui no futebol. E é um ídolo também, admiro desde criança. Tem substâncias aí que estão até em alimentos. Se você comer, não pode entrar em campo ou é pego no doping. Acho meio estranho. Deveria ser só algo que a pessoa usou na partida. O que a pessoa faz cinco, seis dias antes, precisa ser revisto. Às vezes, você está em casa, tem uma convulsão, está com alguma doença que precisa ir na farmácia imediatamente senão pode vir a falecer, aí você vai deixar de tomar, ficar doente, para poder jogar? No caso do futebol existem substâncias que não ajudam tanto assim no rendimento, só atrapalham. É preciso pensar direito antes de punir as pessoas. O próprio Romário tomou um negócio para o cabelo que não tem nada a ver. Você acha que aquilo lá ia fazer o Romário correr mais, fazer mais gols do que ele já fez?
GE.Net: Ficou uma lição desse episódio, algo para você aprender daqui para frente?
Vaguinho: Eu estou chateado comigo mesmo por ter ido a um lugar inapropriado. Já havia mentido para ir nessa festa, então isso foi uma traição comigo mesmo. Já que não era para ter ido lá, preguei essa peça em mim mesmo para aprender. A gente fica vacinado nas coisas para não fazer novamente
GE.Net: Você já até teve uma experiência desagradável antes e pensou em abandonar a carreira. Conte como foi essa história.
Vaguinho: Isso aconteceu quando saí da Ponte Preta. Fui emprestado, voltei para Campinas, consegui pegar o meu passe e fui para o Joinville. Fiquei um ano lá e gostaria de levar o time para a Série B junto dos meus companheiros e não conseguimos. Daí eu já fiquei um pouco chateado de ver um estádio daquele, uma cidade daquelas jogando a Série C. O Joinville merecia estar na Segunda ou na Primeira pela estrutura que tem. Eu vi que estava lá e não aparecia nada e por isso pensei em largar. Foi sofrido para seguir esse caminho e, graças a Deus, o Benazzi apareceu na minha vida, me levou para a Portuguesa. Não pensei duas vezes em aceitar. O clube vivia um momento difícil, era o começo de 2007, tudo estava triste, caído por estar na Série B. Mas com a chegada do Benazzi, as coisas foram mudando.
GE.Net: O gosto pela bola falou mais alto, então...
Vaguinho: Futebol é gostoso demais jogar, tem pessoas que gostam da gente. Vendo você atuar, as pessoas ficam alegres. Alguns ficam o dia inteiro dentro de casa, vão ao estádio ver o time do coração jogar e voltam felizes pela vitória. Futebol é emocionante, é gostoso de praticar. E já que escolhi essa profissão, agora, tenho de ser bem centrado, bem mais profissional do que já fui para poder seguir novamente.
GE.Net: Ficar marcado em um clube como a Portuguesa valeu a pena no final? Acredita que o doping será menos lembrado do que o título da A-2 e o acesso no Brasileiro?
Vaguinho: É gostoso demais fazer parte da história. Eu tenho esse DVD que o pessoal fez, sobre o título da A-2. Foi emocionante. Vamos estar velhinhos e ter a fita para mostrar aos filhos, aos netos. Para mim isso que importa. É motivo de dar parabéns à Portuguesa por ter feito nesse ano o que muitos clubes não estavam fazendo.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Acabou o ano, restaram as perspectivas
Para os times que vão para libertadores muitas expectativas, para os que não chegaram lá, planejamento.
O ano nem terminou e já começou a dança dos técnicos. Na verdade a definição rápida foi um bom sinal. Sinal que os times estão adiantando o seu planejamento, já com o novo treinador.
Mas há sempre alguns que adoram adiantar seu sofrimento.
Nos lados do Parque Antártica tudo é somente esperança. Saiu Caio Júnior e ainda não entrou ninguém. Muito se fala de Luxemburgo e Dorival Júnior. Cuca já foi sondado mas preferiu ficar no Botafogo, mantendo sua palavra com os dirigentes.
Luxemburgo negocia com o Santos, mas balança pela possível falta de continuidade em seu trabalho e também pela liberdade de fazer mais um tour, não tão frustrante quanto o anterior, pela Europa. Dorival aguarda em Floripa pela resolução do impasse.
A grana é alta para trazer o Luxa, mas o projeto é bom e o investidor é forte, a Traffic de J. Hawilla. O tarefa de casa está sendo bem feita pelo time verde, mas ainda não há nada solidificado, somente apostas e levando em conta este cenário prefiro Dorival Júnior. Entre pagar milhões pela famoso prefiro pagar menos e apostar num crescimento conjunto entre instituição, jogadores e técnico. E no meio desse furacão de incertezas ainda resta mais uma, qual será o novo patrocinador. Isso sem pensar se Valdivia fica ou não.
No Santos além do impasse com Luxemburgo também há a espera de uma grande proposta pelo ótimo lateral Kléber. Sem Kléber o Santos é um time comum e pouco ouvi sobre contratações. Se Luxa sair sempre há um Leão a espreita, mas se Klebér sair?
Já Cuca que preferiu ficar pelo Rio vai pegar um Botafogo desmantelado. Sem a base do time que encantou no inicio do Brasileirão além da saída de Zé Roberto e Dodô teve as baixas de Juninho e Joilson, o primeiro praticamente acertado com o São Paulo seguindo o caminho de Joilson. Quem fica para contar a história? Lucio Flávio e Luciano Almeida, enfim, muito pouco.
O São Paulo por sua vez corre o risco de perder Breno e choraminga pelos cantos a falta de ética dos alemães do Bayern, apesar de fazer o mesmo inúmeras vezes, mas sabe que leva muito dinheiro por um zagueiro. De resto, mantém o técnico, a estrutura e a base. Para que algo melhor? Sim, há algo melhor, ainda consegue se reforçar. Agora mira Fábio Santos.
Mas quem realmente se reforça é o Fluminense. Todo dia anunciam algum novo alvo. Já passaram pelos planos tricolores de Riquelme a Felipe do Corinthians. Estou ansiosamente aguardando uma noticia indicando que o Flu tem interesse em Gerrard e Cristiano Ronaldo. De todos os absurdos noticiados contratou bem, trouxe Fabinho, ex Corinthians e Santos. Se trouxer o goleiro Felipe e mantiver, após luta na justiça, Thiago Neves terá um time consistente na disputa da Libertadores.
Para a Libertadores o Cruzeiro busca Paulo Baier e Fabricio, ex Corinthians. Se Paulo Baier vier como solução contra o sereno de Belo Horizonte será ótimo, caso contrário, péssimo. Para um time novo como o Cruzeiro a imagem de um jogador mais velho pode colocar a molecada na linha. Mas por enquanto, fora o Adilson, o resto é noticia. Preferia que o Adilson fosse apenas noticia.
O que corre por ai é o interesse do Corinthians no atacante Alecsandro. Desfalque para o Cruzeiro. Corinthians trouxe Mano mas pode perder Felipe, que foi a "quase" salvação do Timão. A fase e a divisão são totalmente novas e seguindo esta idéia já anunciou a dispensa de Fabio Braz, Arce e Júnior Negão, trouxe o bom xerife Chicão e o meia Rafinha. Finazzi tende a voltar para a Ponte, mas estou para ver qual corinthiano irá chorar a perda.
O Flamengo tem feito o certo, manteve Léo Moura, melhor lateral direito em atividade no país, e o técnico Joel Santana. O trabalho daqui para a frente é manter o resto do time. O Flamengo está com cara de Flamengo como a muito tempo não tinha. A torcida sabe disso e será sempre um homem a mais nos jogos em casa. Mas para os jogos fora será que o Mengo terá fogo a ponto de buscar a América?
No Sul o Internacional tende a perder Elder Granja, mas acho que quem sentirá falta dele será o fisioterapeuta. Manterá Abel Braga a frente do time e algo importante, as principais peças estarão com um ano a mais, penso que isso vai pesar. Mas ainda sim tem Nilmar e a grana do Pato.
O Grêmio trouxe Vágner Mancini e perdeu Tcheco entre outros. Pode trazer Soares, pouco utilizado no Flu e mais alguns reforços, nada de peso, mas dentro da realidade gremista.
A nota triste vai para o eminente falecimento do Clube de Regatas Vasco da Gama. Maior que a queda de cabelo de Romário será a queda deste tradicional time. Não tem tônico capilar contra o "estimado" Eurico. Perderá Leandro Amaral e pode perder Conca e Wagner Diniz. Vai sobrar quem? Romário e sua estátua. Descance em paz Vascão, que o fim seja o inicio de algo melhor.
E por aqui encerro. Agradeço a todos que leram, discordaram, riram e quiseram me mandar a merda.
P.S.: Confundi os Villaneuva, mas se me falassem que o Vasco contratou o Silva admito que também ficaria na dúvida de que Silva estariam falando.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Então, acabou
Acabou o Brasileirão e o nível foi baixo. Infelizmente.
Durante todo o campeonato acreditei que estava nivelado pelo meio mas não estava, estava nivelado por baixo mesmo. Me enganei achando o que marcava a linha de baixo era um time muito inferior, o pobre América, mas este está mais abaixo que tudo.
São Paulo campeão com 15 pontos de diferença para o vice. É desse ponto que parto, já que o São Paulo não apresentou o futebol virtuoso para tanto. Foi competente e eficaz, mas se imaginar que o craque de seu time e do Brasileiro foi o goleiro, por sinal pouco acionado dá para ter noção do que se viu.
Na última rodada Palmeiras, Cruzeiro e Grêmio lutando por uma vaga na Libertadores. Palmeiras precisando somente de seu esforço perde o jogo e Cruzeiro entra porque teve pela frente o América. Era a última vaga da Libertadores e times tão frágeis lutando por ela?
A reviravolta para esses 3 foi grande, todos trocaram de técnico. No lugar de Mano Menezes, Wagner Mancini, no lugar de Dorival Júnior, Adilson Batista, e no lugar de Caio Júnior, talvez Dorival.
Nem o Santos, vice-campeão, está seguro com Luxemburgo. Os sinais são claros que os times querem mais.
Mas como esperar mais? O craque do Brasileiro é goleiro num local onde se criam atacantes. Não concordei com a escolha, mas eleger quem? Valdivia? Acosta?
Foi eleito o único símbolo em campo de todos os times.
Falando em símbolo, para muitos o símbolo foi a torcida. Flamengo, com um grande time mas torto teve o apoio necessário para crescer. E o que acertou esse time? Joel? Para mim foi Ibson e Fabio Luciano. O time já tinha dois bons laterais, contensão competente no meio com Toró e Cristian, faltava organização no meio para que as peças funcionassem. A qualidade de Joel foi dar alma e colocar as peças em seu lugar. Ok, essa é a função do técnico! Mas sem material humano não há milagre.
Único milagre foi o Náutico encontrar Acosta. Pois esse sim fez milagre e tirou o Nautico do tão esperado rebaixamento. Mesmo estando um jogo sim outro não. Faz tanto gol quanto toma cartão.
E nesse caminho das Américas o Palmeiras e o Vasco encontraram suas alegrias. Valdivia com seus dribles levou o Palmeiras ao status de grande time, sem Valdivia não conseguiu fazer o básico. Vasco encontrou o jovem Conca, mas também trouxe das cinzas o bom Leandro Amaral. Vasco corre o risco de perder os dois, mas se adiantou e trouxe a promessa Villaneuva. Mas como ficar num time que tem uma predileção pela comédia e o descaso. Quero ver qual tônico capilar vai impedir que Romário perca os cabelos para deixar o time na linha.
Foi nas Américas que o Santos encontrou o que precisava para estar na Libertadores. Kleber Pereira direto do México. Já o Inter ganhou Ginãzu e muito dinheiro com o Pato. Há muito para queimar para garantir um grande ano colorado.
Já seu rival, Grêmio, está em fase de desmanche, já anunciado na reta final. Mas fez seu papel no ultimo jogo.
Afinal, me desculpem os torcedores, o Corinthians merecia cair. Não pela vingança, 2005 e afins mas para aprender uma boa lição e voltar ao tamanho igual a paixão de sua torcida. Muita desorganização e pouca bola. O time é ruim. Salvo o maravilhoso goleiro Felipe. Conseguiu ser pior que o Goiás!
Falando em Goiás, como será que ficou a cabeça de Paulo Baier. Penalti perdido contra o Corinthians e dois contra o Inter. Se o Goiás cai garanto que a insônia do Paulo seria brava.
Ok, mas foi tudo ruim? O interessante é que não foi. Houveram ótimas revelações e surpresas.
No gol, Diego Cavalieri, Felipe, Bruno, Diego; na zaga, Breno e Thiago Silva; no meio Hernandes, Thiago Neves mesmo abalado por pressão e erros de assinatura, no ataque Guilherme. Até Ramires ex-Jec merece destaque.
Houve Valdivia, Dodo com cafeina, Acosta, Richarlyson, Pierre, Léo Moura, Diego Souza, Miranda, Kléber na lateral e na seleção, Fábio Luciano e Ibson. Enfim, bons jogadores tratando a bola com carinho.
E para todo bom time, bons técnicos. O melhor, Muricy. No resto, promessas como Caio Júnior e Dorival e tarimbados mostrando serviço como Joel e Luxemburgo.
Então, acabou! No próximo texto, perspectivas.
E desde já, agradeço a todos que leram, valeu a pena escrever.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Pra acabá parcero
Bixo, vi de tudo. Vi até goleiro craque! Enfim bichim, foi isso que eu vi. Só não vi direito futebol.
Vi os jogos e cansei, nada mais que mais do mesmo. Mas algo me chama, nem que seja para fexar (homenagem a dúvida do Lula) essa bagaça.
Torcer é desejar a vitória e amar a derrota... de outros... Corinthians caiu, se ferrou! To nem ai, pagou pela merda que fez. Ganhou o Brasileiro? E ai? Caiu mano! Time ridiculo, mas que esqueçam essa diretoria... Enfim.. muitas piadas, mas sou torcedor... Mas e o Palmeiras, mano?
Foi ridiculo! Estava com a Libertadores na mão, mas escapou Harry Potter, Milhause (como é que é? Milhouse?).
Foi-se, tá fora! Que venha o parente do Dudu... quem é mesmo? Dorival? Junior? Po, puta sacanagem do pai do cara! Mas o bixo é bom.
Tá, mas pera aí! Cruzeiro na Liberdadores sem o cara que levou até lá. Até lá?
Dorival botou pão de queijo nas berada e nego corria pra pegá! Agora saiu e vai pro Parmera!
E em Minas fica quem? Leão saiu mas mordeu os porco! E o Dorival, mandou mal e nao foi legal! Mas o time corria! Vixi e como corria! Mas quase ficou fora da Libertadores, se não fosse uma ultima rodada contra o América-RN hein...
Quem nem o Botafogo, mas a cafeína acabou!
Só não acabou as rezas de dona Firmina. Benzedeira e flamenguista. E agora em busca da América graças a São Joel, São Ibson, São Fábio Luciano, São Leo Moura, São Toró... E olha que vai... o time é bom e a torcida é show mermão... Libertadores é o mengo quem vai.
Vasco despencou da colina e efetivou Romario como técnico, peixe! Com ou sem tônico capilar.
Bah, mas e os gauchos? Mandaram o Corinthians para a segunda divisão. Goias se salvou com o Inter e o Mano foi parar no Parque São Jorge. Na melhor né mano, um técnico Mano no Curintia!
Renato Gaucho e sua trupe mesmo sem querer não é que acabaram bem?!?
Na terra do leite quente o Paraná se foi. Como é que pode gente! Era lider e caiu?
Mas como foi fraco esse campeonato. Eu, como torcedor achava que os times estavam na meiuca... que meiuca, são ruim mesmo. Exceto as mocinhas competentes.
E é isso, enfim um texto com cara de torcedor... para brincar um pouco com tudo..
Já que a torcida fez a festa, com tantos cantos porque não ser um deles por um momento.
Vou ficar devendo mais dois textos... uma analise mais séria e uma expectiva sobre o futuro.