Começou o ano, ao menos para mim em diversos sentidos. Tive meu ano novo particular e ganhei uma camisa de meu time do coração.
Acompanhei contrações, tantos pra cá e pra lá que ficou dificil comentar individualmente. Na verdade estava esperando ver a bola rolar para começar a escrever, afinal o que motiva a escrita é o rolar da bola.
E a bola rolou neste final de semana, do jeito que sonhei e esperava. Pato estreou.
Duas das minhas grandes apostas, das quais deveria ter escrito a muito tempo para registrar e ninguém achar que estava sendo oportunista, mostraram suas caras e seu potencial. Sempre apostei em Ronaldo pois seu potencial é inegável. Podre, velho, gordo, decadente, enfim de tudo se ouve mas a qualidade sobra. Com certeza um dos maiores jogadores que vi, facilmente top 10 da minha galeria. E neste final de semana, na estréia de Pato mostrou do que se faz um goleador. Marcou dois e novamente provou porque ele TEM que estar na copa de 2010. A camisa 9 ainda tem dono.
E Pato? Fora as qualidades que canso de destacar como o impressionante dominio dos fundamentos do futebol: matada, chute, passe, explosão, posicionamento, o garoto tem uma estrela gigantesca. Segurança e calma, sem soberba que muitos definem como maturidade, para mim é somente a intima noção de seu potencial. Prometeu um ou dois gols e fez. Ainda é cedo para falar? Penso que não é mais. Agora é hora de rezar para que nenhuma lesão possa atrapalhar a ascensão constante.
Já vejo Pato e Ronaldo dividindo glórias e gols. E quem não vê?
No Brasil os campeonatos estudais já começaram, mas a contragosto de alguns que me leem tenho que destacar o Paulistão e o Carioca.
No Paulista grandes técnicos e boas contratações. São Paulo com Adriano ressurgindo e Juninho, Joilson e Fábio Santos vindo para serem titulares. No Palmeiras a novela Diego Souza terminou com final feliz, para a felicidade de Valdivia que terá alguém para dividir o peso do piano. Corinthians mesmo contratando o atacante que não faz gols entrará em campo com a alma mais forte que nunca, e só isso já o torna forte candidato ao título. Já o Santos dentre os 4 grandes aparenta ser o mais humilde, mas manteve Maldonado, Kléber, Kléber Pereira, Rodrigo Souto além de trazer Betão, Evaldo e Marcinho Guerreiro. Para atrapalhar os grandes, a fênix da vez, Portuguesa ou carinhosamente Lusa.
Promete ser o melhor dos últimos anos, já que os anteriores foram fracos. Já estou sem unhas esperando.
O Carioca traz um Fluminense “máquina”, um Botafogo renovado mas sob a batuta de Cuca e um Flamengo poderoso. E o Vasco? Bem, o Vasco promete muitas alegrias, aos adversários.
A luta do Flu vai ser definir o ataque. Washington “coração de leão”, Dodô e Leandro Amaral lutam por sua luz ao sol. Para mim Dodô corre por fora. Na luta com o Palmeiras por Thiago Neves o Flu levou a melhor amigavelmente, numa troca de favores por Lenny e Diego Souza. Sem Thiago Neves os sonhos de conquista tricolores ficariam mais distantes. Enquanto o Flu povoou o ataque o Flamengo extrapolou a quantidade maxima no meio campo defensivo. Ainda por cima Christian tende a ser titular. A briga pela titularidade pode ser boa, mas também desgastante. Meu único receio é de que esses dois projetos – Flu e Mengo – sejam descontinuados numa possivel queda na Libertadores.
O Botafogo ainda é uma incognita para mim, mas a esperança continua alta. Mas como não confiar em 15 contratações não é verdade? E pode parecer perseguição com o Vasco, acredito que seja mais ressentimento, mas aposto minhas fichas que o Vasco não fica nem entre os 4 do carioca. Lamentável o que está sendo feito com o Vasco. Sinto pena do goleiro Tiago que trocou um projeto em ascensão na Lusa por uma nau furada em São Januário.
No Sul sobram as lamentações de Pelaipe, presidente do Grêmio e a bonita conquista do Inter em pré temporada e buscando o tão querido dim-dim. Na verdade o que estou gostando no Sul é da formação do Inter. Magrão como meia, Guiñazu acompanhando, Alex lateral. Algo de muito bom e muito forte surge novamente nos Pampas. Mantendo a base é candidatíssimo ao Brasileirão porque a formação além de ser impar e muito competitiva.