quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Luto pelo fim de uma carreira

Não costumo ser pessimista mas o que vi ontem foi demais para todo meu otimismo.

Creio que perdi minhas fichas em minha recorrente aposta em ver Ronaldo na próxima Copa.

O peso que carrega novamente lhe ocasionou uma séria lesão. O peso do corpo, dos anos, das cobranças.

Ainda me lembro quando Ronaldo surgiu moleque no Cruzeiro. Era um magrelão cheio de dentes e uma incrivel facilidade de fazer gols.

Foi para o exterior e com musculação, remédios e alimentação criou-se uma máquina cheia de força e explosão. Criaram um deus da bola mas esqueceram das articulações.

Em 1996 primeira lesão no joelho ainda no PSV. Em 1998, final da Copa do mundo surge uma convulsão, que nada tem a ver com lesão mas marca uma tragetória turbulenta. Chega 1999, após a derrota na França já jogando pela Internacionale sofre uma lesão no tendão patelar do joelho direito, acontecida no dia 21 de novembro de 1999.

Após muita luta volta a jogar e sofre uma nova e gravíssima lesão. Neste fatídico dia de 12 de abril de 2000 mostra ao mundo uma das cenas mais dramáticas do esporte.

Muito se falou que era muito cedo para ter voltado a jogar, enfim, muita polêmica e longe de tudo isso muita luta de Ronaldo para ressurgir das cinzas na Copa de 2002.

Quando os joelhos pareciam dar folga o resto do corpo começou a mostrar cansaço. Seguidas lesões, inclusive em aquecimento para o jogo. Jogou muito pouco pelo Milan mas ainda sim conseguiu mostrar a qualidade única para fazer gols.

Até que ontem sofreu uma nova lesão. Ronaldo, 31 anos, três vezes o melhor do mundo, duas vezes campeão mundial sucumbiu a fragilidade de seu corpo.

Já me doía ver um gênio do esporte como Guga se aposentar após uma brava luta contra seu corpo agora creio que estou prestes a ver outra breve aposentadoria.

Não que eu não torça para que Ronaldo volte e faça muitos gols mas a dúvida é "será que seu corpo deixará?". Não sejamos exigentes esperando o mesmo Ronaldo, tal qual muitos esperam. Que volte e seja simplesmente Ronaldo o gênio e boa praça que todos adoram.

P.S.: Fica a dúvida constante, que eu e um amigo sempre levantamos, "o que será que fizeram com esse cara para ferrar tanto com ele?".

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A volta das férias

Tirei umas merecidas férias após 3 anos de trabalho seguido. Fiquei ausente, mas voltei.. e não sei se terei memória para lembrar de tudo, mas vamos lá.

Começar pelo "esfrega rosto" do Adriano segundo o Muricy. Se aquilo não é agressão o que será? De qualquer modo duvido que ganhe mais que 4 jogos de gancho. Ou você que lê realmente acredita que o "Imperador" vai ficar fora do resto do paulistão?

Pressão funciona. Parabéns Marco Aurélio Cunha por trazer força na definição do resultado de uma partida para fora das quatro linhas. Estou começando a achar que toda pequena pressão é bobagem. Não deu lateral para o meu time não pode apitar mais os jogos.

O Leão reclama e se torna insano? Insano foram os gols perdidos por Kléber Pereira. Os berros de Leão deveriam ecoar em seus ouvidos e não nos microfones.

E quanta dificuldade para fazer gol tem esse Corinthians. Estou com pena do Lulinha, tem se mostrado promessa de politico. Torço que aprenda a chutar, mas nada que um treinamento de fundamentos não ajude.

O segundo gol do Timão merecia ganhar o "bola murcha", foi cômico. Mas já está a caminho uma solução, Diogo Rincón.

O Palmeiras desencantou mas não encantou. Grande volta por cima de Elder Granja. Senhor Dunga, preste atenção em Henrique, zagueiro novo, moderno, chegou em um dia e jogou no outro e em todas as partidas foi um dos melhores em campo. Quanta personalidade.

Por falar em Palmeiras, virou moda contrato por produtividade. Denilson, Leo Lima. É o legitimo contrato "anti-chinelinho".

Muito se falou do clássico carioca deste domingo. A sensação do momento é dizer que a luz amarela acendeu no Flamengo. Por favor, mal e parcamente foi levantada a bandeira amarela.

Show de Thiago Neves. Como joga esse moleque. E que golaço! Só não precisava ter tocado a bola entre as pernas do marcador no gol, foi demais, foi golaço. O Palmeiras deve estar arrependido de ter desistido de lutar por ele.

Ainda acho que o Fla tem mais time que o Flu. Mas o craque está a serviço de Renato Gaúcho.

Prestem atenção no Internacional que vem por ai. É uma das minhas grandes apostas para esse ano.

Hoje tem Fla na Libertadores e Corinthians na Copa do Brasil. Vai ser impossível assistir um só.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Toque do Corneta - Em Pequim à la 82

A geração que o Brasil tem para colocar em campo nos próximos jogos olímpicos me permite sonhar. Pode-se formar um time com a características muito semelhantes a eterna seleção do mestre Telê, isso porque, até mesmo para a posição geralmente ocupada pelos chamados "brucutus" temos talento de sobras. Imagino um time do jeito que o Dunga gosta, com 3 volantes, e ainda sim com uma qualidade inquestionável, seriam eles: Anderson (Manchester United), Lucas (Liverpool) e Denilson (Arsenal), sim porque apesar de todo esforço da imprensa em fazer me acreditar que Hernandes tem lugar no time titular olímpico, é notório que ele não tem nem metade do futebol dos três nomes citados. Na frente da trinca de volantes um senhor Ás, Kaká, simplesmente o melhor do mundo, e se o Milan não o liberar (o que é muito provável), Diego, que talvez até tornasse um meio de campo mais ao estilo 82. Na frente ao que tudo indica será ocupada uma das vagas para os mais velhos, possivelmente com Robinho, que deve atuar ao lado de Pato (esse sim o Milan já silanizou positivamente pela liberação em razão da idade). Um senhor meio de campo, talvez melhor até mesmo que o da seleção principal, três jogadores com o aprendizado do meio campo do futebol inglês, no qual todos atacam e defendem com o mesmo esforço, a estilo de Gerrard e Lampard.
Desta forma o time poderia se alinha com Diego (goleiro que vem se destacando no Almería, assim como já se destacava no Galo Mineiro); Rafinha (Schalke 04, tendo ainda como opções Ilsinho e Fágner, do Shaktar e PSV respectivamente), Juan (eu ocuparia uma das vagas dos mais velhos com ele), Breno (Bayern) e Marcelo (Real Madrid); Denilson (Arsenal), Anderson (Manchester United), Lucas (Liverpool), Kaká (Milan, ou Diego do Werder Bremen); Robinho (Real Madrid) e Pato. Contando ainda com boas alternativas no banco, tal como Rafael Sóbis (Bétis).
Para mim esse time seria capaz de resgatar a mística da amarelinha, um futebol baseado na técnica, como foram os times de 70 e 82, com o qual esse teria mais semelhanças, porque igual ao de 70 nunca mais. Um time que seria superior tecnicamente, por incrível que pareça, à Argentina de Riquelme, Aguero e Messi.

Mas é melhor acordar antes que seja tarde, acreditar que o Dunga possa escalar o meu time dos sonhos é quase o mesmo que acreditar que a convocação e a escalação do Richarlysson tenha outra motivação que não seja colocá-lo na vitrine para o continente Europeu. Não que não seja um bom jogador, mas improvisá-lo numa posição em que tinha um jogador de ofíci foi forçar um pouquinho demais a barra.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A grande polêmica da rodada

Deixei um post isolado para a grande polêmica da rodada. A anulação do gol de Adriano no clássico São Paulo x Corinthians.

 

Vi várias vezes o lance e tentei me manter alheio a demais comentários. E cheguei as seguintes conclusões.

 

Sobretudo é um lance interpretativo e polêmico, mas.

 

Se eu fosse corinthiano, seria falta. Se eu fosse são paulino não seria de jeito nenhum. Se eu fosse jogador europeu também não. Entretanto se eu fosse o zagueiro e sofresse uma carga dessa acharia que foi falta.

 

São muitos “se” e o que resta é a polêmica.

 

Eu particularmente no momento do lance daria falta seguindo a seguinte lógica de zagueiro, estou no ar e nada mudará a minha trajetória exceto uma ação contrária. Ação contrária, de força, exercida por Adriano. Ou por acaso o fato de Willian ter dobrado o corpo para a frente foi algo circense?

 

Mas se reavalisse o lance em casa, calmamente, me arrependeria de ter marcado a falta pois a força, desde que não seja usada de forma desleal ou excessiva, faz parte do jogo.

 

O que sobra desta polêmica? A reclamação excessiva, quase chorosa, da equipe tricolor que se sentiu lesada. Enfim provou de seu próprio veneno e de forma exacerbada exigiu que o arbitro Sálvio Espinola não apide mais seus jogos. Atitude que discordo pois faz pressão em cima da arbitragem e da imprensa, faz com que aceitem o seu “biquinho”. Reclamar faz parte do esporte, fazer exigências que possam facilitar a vida futuramente é questionável.

 

No mais, foi penalti em Dagoberto. Por mais “cai-cai” que Dagoberto seja, seria também muito circense tomar a frente de seu marcador e fazer falta neste ao mesmo tempo que seu corpo é projetado para frente.

 

Coisas do futebol.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Saldo do final de semana

O Flamengo hoje é o melhor do Rio de Janeiro. Contratou bem, manteve a base e tem se mostrado forte. Talvez isso não seja nenhuma novidade mas diante de tanta badalação e contratações por parte do Fluminense e seu super trio de ataque cabe exaltar o Flamengo.

 

Por sinal o trio de ataque tricolor viu um lastimável empate com Macaé.

 

Mas a surpresa fica por conta do Botafogo. Grande arrancada inicial e com erros o bastante no ano que passou para que não sejam repetidos. Com a saída de muitas estrelas Jorge Henrique tem brilhado mais.

 

E o Corinthians parou o todo poderoso São Paulo. Para o que vi não tem nada de tão todo poderoso assim. E o “melhor” goleiro do Brasil falhou novamente. Não sei o que foi mais medonho, a falha de Ceni ou o chute de Lulinha.

 

O Acosta ainda não disse a que veio ao contrário de André Santos, Chicão e Perdigão. O sempre achincalhado Perdigão não errou passes, organizou o meio, enfim, fez bem sua função. E a dupla vinda do Figueirense mostrou personalidade, com destaque para Chicão que se manteve sempre firme na defesa.

 

O super estimado Hernanes não mostrou o porquê de sua convocação para a seleção. Enfim, falta uma peça nesse meio tricolor.

 

O Palmeiras pegou o Mirassol e decepcionou. Um Valdivia só não faz verão. Quando bem marcado como tem sido nos últimos três jogos Valdivia se torna mais um, o Mago perde sua mágica.

 

Santos de Leão e a juventude despontando. Primeira vitória com a ajuda da revelação da copinha Tiago Luís para espantar a crise que se instalava na Vila.

 

Já que falei de Figueirense, juventude e copinha. Parabéns ao Figueirense, campeão da copinha. Eliminou grandes como Palmeiras e São Paulo e chegou ao título. Resultado de futebol sério e bem gerido, exemplo para muitos que ainda se acham grandes.

 

E de toda a juventude boleira o grande destaque vai para Alexandre Pato. O menino já conquistou a todos. Em seu primeiro gol no jogo de ontem saiu sorrindo como criança que é para receber o abraço de todos no Milan. É impressionante, quem viu o jogo pode dizer, parecia que ele não iria fazer nada e ele simplesmente fez os dois gols do Milan, causou a expulsão do goleiro Rubinho que impediu um gol por cobertura. Do que parecia nada foi simplesmente tudo. A torcida canta orgulhosa “Ole Pato, ole Pato”.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Arbitragem

Reclamamos diariamente das arbitragens e nada é feito.

 

Bem, seguem dois links, um de um video e outro sobre o sr. Evandro Rogério Roman. Tirem suas próprias conclusões.

 

Sobre Evandro Rogério Roman

http://www.cartaovermelho.esp.br/modules.php?op=modload&name=Sections&file=index&req=viewarticle&artid=122&page=1

 

Video repleto de “boas” intenções deste mesmo juiz. Assistam, é no minimo divertido.

http://video.google.com/videoplay?docid=2638661126847506488&hl=en

 

 

Valdivia, a contradição ambulante

Vou me utilizar do nome de uma música do Green Day para comentar sobre algo que está em alta.

 

Já que para muitos tudo se resume a 8 ou 80 cabe o chavão. Valdivia: santo ou vilão?

 

De um instante para outro Valdivia virou polêmica e o mais interessante é ver que nos corações dos adversários o anti-jogo não é questionável, questionável é o revide.

 

Que Valdivia não é santo, só não sabe quem não quer. Ele é moleque. Zomba, dribla e desmoraliza. Protege a bola com o corpo. Dobra as pernas quanto pode. Nada diferente de outros jogadores abusados como Edilson, Denilson entre outros. Mas também apanha muito.

 

Mas o que sobra de assunto para os boleiros é o quanto o Valdivia mereceu apanhar.

 

Os mesmos que levantam a bandeira a favor do futebol arte ignoram o quanto a violência deveria ser coibida em função do quanto foi “merecido” um ou outro safanão. Não tiro o mérito do marcador, sua função é parar o craque. Já a função do juiz é coibir a violência, ou seja, impedir o ato violento e o revide, que significa segundo o Michaelis, vingar uma ofensa com outra maior.

 

Sou palmeirense e não nego. Todos os comentários que eu fizer em defesa do jogador Valdivia facilmente serão interpretados como parciais. Deste modo me sinto obrigado a postar na integra um texto de Mauro Beting (ok, ele também é palmeirense, mas sobre tudo é jornalista) e mais um link do lancenet.

 

Segue o link (http://www.lancenet.com.br/clubes/PAL/noticias/08-01-25/226324.stm ) e o texto de Mauro Beting

Diário de um mago

por Mauro Beting

Acordo.
Vou jogar bola, levo umas cacetadas, faço umas firulas, levo outras bordoadas, revido umas porradas, faço umas graças, apanho, juiz me marca mais que o volante adversário, dou um passe para um gol, chuto muitas bolas erradas, faço a jogada mais linda da partida, provoco os rivais com fintas, faço o que poucos no país do futebol fazem, apanho ainda mais, o juiz só marca metades das faltas, recebo cartão amarelo no fim, perco a cabeça (e os cotovelos), meu marcador é expulso logo depois, o técnico adversário me xinga, meu marcador fala que eu preciso jogar mais sério, jornalistas dizem que eu sou o mais brasileiro jogador chileno, outros que não sei chutar, só cavo falta e só faço firula.

Vou dormir. Hoje, com o nariz inchado.
A imprensa vai falar que eu apanho demais.
Ou que eu invento muitas faltas.

Mas eu acordo com as canelas marcadas.

E sei que preciso aprender a chutar melhor.
A ser mais objetivo.
A driblar mais próximo do gol.
A não cavar tantas faltas, se não os juízes não vão mais cair naquelas faltas que realmente sofro - e eles não marcam, porque eles estão me marcado mais que meus adversários.

Hasta la vista, baby.

ASS: Valdivia.