Clássico mineiro. Jogo movimentado. Belíssimo clássico não indicado para torcedores com problemas cardíacos.
Duas viradas, a primeira do Atlético que perdia por 2 x 0 e virou para 3 x 2 e a segunda do Cruzeiro revertendo os 3 x 2 para 4 x 3.
Dois penâltis duvidosos, um para cada lado. Grande atuação da jovem revelação cruzeirense, Guilherme. Praticamente todos os ingredientes que fazem um grande jogo.
Mas ao final o que marcou foi o drible da foca de Kerlon e a reação nada amistosa do lateral Coelho.
Resultado, Coelho expulso e polêmica. Se já não bastasse a polêmica em cima dos dois penâltis surge o toque final para apimentar o clássico.
Uns consideram inconsequência de Kerlon ao realizar um drible que cabe perfeitamente como parte do circo do Faustão. Outros consideram arte já que quem tiver habilidade que faça o mesmo.
Penso que tem que se considerar que o drible, mesmo que circense em demasia, é em direção ao gol. Mas ao final do jogo Kerlon afirma que sua intenção era prender a bola, tornando o ato um malabarismo e não um drible.
Coelho não gostou do ato e reagiu, foi expulso e será julgado. Defendeu sua “honra” já que se sentiu humilhado pelas peripécias da foquinha adversária. Como profissional errou e pagará por isso.
Mas a grande duvida que fica é: quanto vale o show? Pois os que defendem o drible falam que este apenas traz mais brilho ao espetáculo, porém neste espetáculo há um adversário que nem sempre está apto a aplaudir de pé.
Penso que naquela altura do jogo e levando em conta o argumento dos defensores do malabarismo que dizem que Kerlon é habilidoso para driblar de tal forma, este poderia ter utilizado sua habilidade para realizar inúmeros outros dribles que não seriam considerados provocação.
Nestas horas uma atitude mais humilde e de reconhecimento a bravura do adversário poderia não abrilhantar o espetáculo mas permitiria uma saudável troca de camisas ao final da guerra.
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