domingo, 23 de dezembro de 2007

2008 aí... e no Velho Continente a Champions League Promete!

Depois de muito tempo sem cornetear cá estamos novamente, motivados pelo sorteio da Champions League que resultou nos seguintes confrontos:

- Celtic X Barcelona: Apesar do time escocês terem sobrevivido a um bom duelo contra Benfica e Shaktar, a equipe de Messi, Eto'o, Ronaldinho, Deco e Henry não deve ter grandes dificuldades, ainda que não esteja no seu ponto alto.

- Lyon X Manchester Utd: Sempre quis ver o Lyon nas cabeças dessa competição, porém, o sorteio não foi muito feliz para a equipe francesa que terá dificuldades para segurar Rooney, C. Ronaldo, Tevez, Anderson e cia.

- Schalke 04 X Porto: Talvez o confronto mais equilibrado dessa fase, o ponto que pode desiquilibrar para a equipe portuguesa tem nome - Ricardo Quaresma!!

- Liverpool X Internazionale: Inegavelmente os Reds tem uma excelente equipe liderados por Gerrard e Fernando Torres, mas aposto minhas fichas na Internazionale que, desde os tempos do Fenônemo, não emplaca em competições internacionais e deve vir com tudo.

- Roma X Real Madrid: O Real passa pela sua melhor fase dos últimos anos, e o favoritismo da equipe espanhola foi estampado pela imprensa daquele país, eu tomaria mais cuidado nessa afirmação, acho que a Roma tem grandes chances de surpreender o Real que vai ter segurar a dupla Totti e Mancini. A Roma conta ainda com Cicinho que apesar de não ter trabalhado com o atual técnico conhece quase na totalidade o elenco merengue.

- Arsenal X Milan: Esse confronto vale a pena assistir, a grande surpresa da temporada, o Arsenal jogando um futebol bonito e ganhando vem liderado por Cesc Fábregas (que para mim é o melhor jogador da temporada européia até o momento, e deve estar no próximo Fifa Gala em um dos três primeiros postos de melhor jogador do mundo) e enfrente o melhor time do mundo na atualidade que vai fazer de tudo para revalidar seu título. Equilibradíssimo, um favoritismo um pouco maior para aquele que conta com o Melhor do Mundo atualmente, Kaká.

- Olympiacos X Chelsea: O Olympiacos surpreendeu a todos deixando para trás Werder e Lazio e acabando com o mesmo número de pontos do Real Madrid, mas mesmo contando com um fator casa fortíssimo deve parar de surpreender por aqui, já recuperado da perda de Mourinho o Chelsea deve passar com certa tranquilidade.

- Fenerbahçe X Sevilla: O favoritismo é da equipe espanhola, mesmo sem ter Juande Ramos à frente a equipe se mantêm na sua rota de tornar-se uma equipe grande, pessoalmente eu prefereria a vitória dos turcos, gostaria muito de ver quanto a equipe do Galinho, Alex, Deivyd e Roberto Carlos pode fazer frente a frente contra um gigante europeu, e sinceramente não acho impossível que vejamos o Fener nas quartas.

E era isso, agora é só esperar porque 2008 promete ser um ano de muito bom futebol, até mesmo na nossa terrinha, as equipes estão se reforçando bem dentro e fora de campo...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Aproveitem um pouco de Vaguinho e até de Jec

Não gosto de postar nada na integra, respeito a propriedade intelectual, mas tenho que admitir que gostei do que li... É um simples jogador de futebol, falando como jogador de futebol. Se é mentira ou verdade não sei, só sei que gostei. Simples e fácil, que nem o futebol. E ainda por cima fala do Joinville.

 

Aproveitem a entrevista de Vaguinho, ex Jec, publicada na Gazeta Esportiva (http://www.gazetaesportiva.net/entrevista/futebol/ent198.php )

 

“Traído por si mesmo”, Vaguinho esquece o doping e busca nova vida no Canindé - por Rafael Ribeiro, especial para a GE.Net

Sumido desde que foi flagrado por uso de maconha, Vaguinho, atacante da Portuguesa, resolveu finalmente quebrar o silêncio após 41 dias de reflexão. Nesta entrevista exclusiva, a primeira desde o ocorrido, o jogador revela arrependimento pelo trago, que garante ter sido acidental em uma festa de aniversário. Ele recebeu a reportagem da GE.Net em seu apartamento, no bairro da Casa Verde, Zona Norte paulistana. Explicou a opção por desaparecer do clube no último mês, falou das expectativas para o seu futuro e até do imbróglio pelo qual passa sua renovação contratual.

Vágner Luis da Silva nasceu no dia 13 de setembro de 1981, em Mococa, interior paulista. Revelado pela Ponte Preta, teve uma passagem sem grande destaque pelo Joinville. Chegou à Portuguesa no começo de 2007, como parte do plano de renovação do elenco proposto pelo técnico Vágner Benazzi para a disputa da Série A-2 do Campeonato Paulista. Conquistou o título, foi figura importante em boa parte da excelente campanha do acesso à Série A do Brasileirão, mas acabou ganhando os holofotes não pelos gols marcados e as boas jogadas.

A vida de Vaguinho mudou radicalmente na tarde do dia 9 de novembro, quando seu nome apareceu na chamada principal do site da CBF. Não era uma convocação à seleção brasileira, como aconteceria com os companheiros Diogo e Leonardo, mas sim a divulgação do até então único caso de doping na Série B. E a substância encontrada não poderia ser mais comprometedora: metabólito do Tetraidrocanabinol, cientificamente conhecida como cannabis sativa, popularmente chamada de maconha, em exame realizado no empate por 2 a 2 da Lusa com o Paulista, pela 27ª rodada da competição.

Punido com 120 dias de suspensão pelo STJD, às vésperas do massacre rubro-verde de 6 a 2 sobre o Barueri, resultado fundamental para que o acesso fosse confirmado dias depois, Vaguinho reconhece que lhe faltou maturidade e, por este motivo, planeja mudanças, notadas até pela confusão atual de seu apartamento.
O lugar será devolvido após a atual reforma, pois o atleta planeja morar em um local mais próximo do Canindé, provavelmente no bairro de Santana. Sinal dos tempos, afinal, ele está de casamento marcado para o próximo dia 28. A noiva, ironicamente, foi esquecida bem na noite da festa que acabou originando o doping do jogador. Apesar da escapada de Vaguinho, a garota manteve-se fiel ao saber da verdade e o ajudou no período de lamentação e tristeza que seguiu o flagra nos exames da CBF.

Em meio às provas das roupas e os preparativos finais para a troca de alianças, Vaguinho mantém a esperança de reduzir a pena imposta pelo STJD, que lhe tira dos gramados até o dia 7 de março. Se a pena for mantida integralmente e o atacante permanecer no Canindé, fica a expectativa da reestréia no jogo contra o São Paulo, marcado para a 13ª rodada do Campeonato Paulista. Se depender de Benazzi, espécie de ‘segundo pai’ do jogador, a escalação está garantida.

Gazeta Esportiva.net: Vaguinho, nesta sua primeira entrevista, uma pergunta é inevitável: o que de fato aconteceu para você ser flagrado no antidoping?
Vaguinho: Vim de família pobre, que trabalhava na zona rural, e tive uma oportunidade de jogar futebol em Campinas. No início da carreira, eu não era tão santinho assim, não. Saía, pegava umas festas, ia para as baladas, mas nunca fui de fazer nada que me prejudicasse. A única coisa que via que estava me prejudicando era perder algumas noites de sono por causa da cervejinha, mas isso aí a maioria dos jogadores fazem, ninguém esconde.
O que aconteceu desta vez foi que fui à festa, que era de ambiente familiar, um aniversário de um amigo, e tinha um barato lá de fumar narguilé... Fui saber o nome só agora que o advogado da Portuguesa, o Doutor Valdir (Rocha) me falou. Tinha bastante gente, mas eu não vou citar nomes. O rapaz que estava fazendo aniversário também estava fumando. Eu já tinha tomado umas, estava de folga e comecei a fumar com eles. E depois de uma cervejinha e outra, senti que estava meio tonto. Achei até que era por causa da cerveja mesmo, porque não estou acostumado a beber e se eu bebo quatro cervejas eu já fico ruim. Senti tontura, mas nem falei nada ao médico (Julio Stacanti) e ao Benazzi. Até porque se eu soubesse que tinha usado essa substância, chegaria neles e falaria numa boa, os dois são pessoas que têm a mente aberta e você pode chegar e falar de coisas até particulares que não têm nada a ver com o clube.

GE.Net: Quer dizer que você não sabia mesmo os riscos que corria?
Vaguinho: Foi isso que aconteceu e acabei flagrado no exame antidoping no dia do empate por 2 a 2 com o Paulista. Até dei azar porque no jogo, não estava muito bem e as pessoas podem pensar que usei aquilo naquele jogo. Mas o que ocorreu mesmo foi nesse aniversário.

GE.Net: Na hora, você não reparou nada estranho, nada que desse mesmo a entender que era maconha?
Vaguinho: Eu não senti nada. Até pessoas mais novas que eu sabem que a maconha tem um cheiro diferente do aroma que estava lá. E você pode ver nos barzinhos aqui da Zona Norte, até aqui perto de casa. Tem bares que eles colocam (a narguilé) lá para quem quiser usar. E eu, como curioso que sou, fui querer fumar aquele dia e acabei sendo pego. Mas acho que a vida não acaba por aí, não. Ainda sonho em voltar a jogar e gostaria que fosse pela Portuguesa. Mas teve um pequeno problema lá entre a Portuguesa e meu procurador...

GE.Net: Já que você citou o assunto, apesar do bom relacionamento com a diretoria, a renovação está sendo complicada. Ouvindo a Portuguesa, tudo parecia estar caminhando para um acerto rápido. Quais os empecilhos encontrados no meio do caminho? O que o seu procurador (Oldegard Filho) está pedindo?
Vaguinho: Essa história do procurador agora eu vou começar a falar. Eu não tinha procurador e o pessoal do Joinville me indicou o seu Oldegard, que é um agente Fifa, coisa que poucos são hoje aqui no Brasil. Conversei um pouco com ele e entendo que é uma pessoa muito fina, muito centrada naquilo que quer. Pode ver que ele tem vários jogadores, como o Fernandinho (lateral-esquerdo do Cruzeiro) e o Alecsandro (atacante, também da Raposa), que são destaques. Deixei bem claro no clube que minha prioridade sempre seria a Portuguesa. Vamos ver o que acontece.

GE.Net: Depois do doping, você se preservou bastante e chegou ao ponto de se recusar a aparecer na foto oficial do acesso. Por que esse tipo de comportamento?
Vaguinho: A gente vinha trabalhando, fazendo um ano excelente. Surgiram várias propostas do exterior e de times grandes, até do Brasil também, e então aconteceu isso comigo na reta final. Fiquei chateado. Eu quis me desligar totalmente, fui para uma cidadezinha onde ninguém me conhece, fiquei lá com minha noiva retirado. Não vi nenhum programa de esportes para não ficar com aquilo na cabeça. Já vi o que aconteceu com muitos jogadores, que quiseram meter a boca, foram na imprensa falar. No meu caso foi um acontecimento inesperado e eu preferi ficar um pouco afastado para não me exaltar nas declarações. Estava nervoso, nervoso comigo mesmo por ter desperdiçado uma oportunidade. Agora é bola para frente, estou com casamento marcado para o dia 28. Não foi um ano muito negativo, foi mediano. O Vaguinho estava escondido lá no Sul e agora novamente as pessoas aqui de São Paulo viram que eu estava fazendo um trabalho correto e tenho tudo para voltar em 2008.

GE.Net: Pode-se dizer que a amizade com o técnico Vágner Benazzi ajudou um pouco a amenizar os reflexos da suspensão? Ele usa até o termo ‘filho’ ao se referir a você...
Vaguinho: O Benazzi é uma pessoa que me ajuda muito. Ele sempre pede para o Dirceu (massagista) vir falar comigo, perguntar se está tudo bem. O professor é uma pessoa diferente, que se preocupa com o atleta e é muito diferente de outros treinadores. O Benazzi me chama de filho e eu sempre vou tê-lo como um pai. Quando ele estava no Avaí, me pediu para ir para lá. O carinho é muito grande.

GE.Net: Além dele, mais alguém te deu força nesse momento difícil de reclusão? E sua família, como reagiu ao fato?
Vaguinho: Quem me deu mais força foi minha noiva, que ficou comigo o tempo todo. Poderia ter me abandonado. Dia 28 agora, ela poderia não estar casando comigo, mas ficou do meu lado. E no momento em que aconteceu isso (doping), ela não estava presente. Fui lá na festa sem pensar em comunicá-la porque pensei que não seria nada demais, até porque ela conhece outras pessoas que estavam lá. Até minha mãe, que é uma pessoa meio alterada, meio ‘estouradona’, ao contrário do meu pai que já é mais sossegado, ficou do meu lado, me ajudou, ficou preocupada. Meu sogro, minha sogra, meus familiares me apoiaram muito porque sabem a pessoa que eu sou. Nesse caso foi bem tranqüilo. Meus amigos verdadeiros me ligaram. Este período afastado foi bom para ver quem realmente está do meu lado.

GE.Net: Para quem chegou de forma discreta no começo do ano, até que você respondeu bem dentro de campo, dividindo os holofotes com o Diogo e sendo aclamado pela torcida mesmo depois do flagra no doping. Fica o sentimento de frustração por deixar o time justamente no momento mais importante da Lusa desde 1996?
Vaguinho: Eu queria estar lá, no dia da foto oficial, como foi no Paulista da Série A-2. Estive chateado, mas depois fiquei feliz pelo ano maravilhoso da Portuguesa, um trabalho excelente em todos os termos. Quando você faz as coisas corretamente, com certeza você alcança o objetivo. A Portuguesa precisa continuar nesse caminho, nessa luta, nesse empenho.

GE.Net: Teme ficar alguma seqüela do episódio no comportamento da torcida? Como espera encontrá-la para a próxima temporada?
Vaguinho: Como atleta profissional, tenho de ir a campo e esquecer tudo, fazer o melhor pela Portuguesa. Tenho certeza de que se eu não estiver correspondendo, os torcedores vão chiar mesmo, vão falar, mas tenho a certeza de que, em 2008, vou permanecer na Portuguesa e a torcida não vai vaiar. Vai aplaudir como sempre aplaudiu e presenciar cada vez mais as jogadas que deixei de fazer no restante do campeonato.

GE.Net: E os planos para 2008? Afinal, além da indefinição com a Portuguesa, também existe a pena do STJD para cumprir...
Vaguinho: Esse doping atrapalha no sentido de ter mais esse período para cumprir ainda (78 dias, mas cabe recurso). Não sei o que os advogados vão fazer para poder diminuir essa punição. Dia 2, vou me reapresentar e terei mais 25 dias de contrato para cumprir. Mas vamos ver, isso é o Oldegard que vai discutir lá com a Portuguesa. Pelo que eu sei, para entrar com o recurso é rapidão.

GE.Net: Mesmo conhecida por cobrar de forma dura, a torcida lusa reagiu positivamente ao seu caso, gritando o seu nome nos jogos finais. Como foi acompanhar tudo isso à distância? Seus companheiros também fizeram uma homenagem...
Vaguinho: Eu fiquei sabendo. Alguns amigos meus me ligaram lá da arquibancada para que eu pudesse ouvir. Fiquei sabendo que o time entrou com uma faixa, que a torcida gritou o nome. Isso que faz a gente permanecer, a querer ficar. Não tem como largar a Portuguesa rapidamente e sair com o serviço feito pela metade. Não assisti ao jogo, mas fiquei muito emocionado.

GE.Net: Como você avalia a atuação do departamento jurídico? Conseguiram uma pena de 120 dias, considerada pequena por especialistas em casos que envolvem o uso de drogas.
Vaguinho: O Doutor Valdir, além de advogado da Portuguesa, se tornou um amigo desde que eu cheguei. Coloquei o caso nas mãos dele, conversamos bastante. Eu estava ciente que iria pegar uma punição, mas é claro que a gente queria brigar pela absolvição. O departamento jurídico colocou até um advogado do Rio de Janeiro, um dos melhores tratando dessa questão de doping. Fizeram um esforço muito grande, ajudaram bastante. Eu só fiquei um pouco chateado porque o médico não foi lá no dia do julgamento. O depoimento dele poderia até ajudar um pouco mais, mas eu não tenho do que reclamar. Vou ter que pagar por esse erro. Estou do lado do Doutor Valdir. O médico não foi porque de certo tinha uma coisa importante para fazer no dia. Só mando um recado para a torcida, que pode ter a certeza de que em 2008 vão ver o Vaguinho vestindo a camisa da Lusa, porque é uma camisa que caiu muito bem para mim.

GE.Net: Ficou uma mágoa com o Doutor Stacanti ou da diretoria, então?
Vaguinho: De certo o médico estava ocupado lá no dia e a Portuguesa achou que, pelo fato de ter um advogado do Rio seria o suficiente. Mas, acho que o depoimento do médico, seria uma ajuda muito grande ali na hora da defesa. Mas não tenho mágoa nenhuma. Gosto demais do Senhor Iauca (Luís, vice de futebol luso), do presidente Manuel (da Lupa). Não tem nenhuma rixa, tenho uma admiração muito grande pelo André (Heleno), do Carlos (Justino), Adriano (Azevedo) – todos diretores de futebol. Não tenho bronca nenhuma da direção, só elogios a fazer e sei que eles estão do meu lado, já conversamos sobre isso. A questão da renovação fica para o Oldegard falar com eles.

GE.Net: O curioso é que logo após o estouro do seu caso surgiu o doping do Romário, flagrado com 41 anos pela primeira vez (por uso de substância proibida encontrada em tônicos capilares). Acompanhou a história?
Vaguinho: A gente fica meio assim de falar do Romário. Depois do Pelé, ele é o maioral aqui no futebol. E é um ídolo também, admiro desde criança. Tem substâncias aí que estão até em alimentos. Se você comer, não pode entrar em campo ou é pego no doping. Acho meio estranho. Deveria ser só algo que a pessoa usou na partida. O que a pessoa faz cinco, seis dias antes, precisa ser revisto. Às vezes, você está em casa, tem uma convulsão, está com alguma doença que precisa ir na farmácia imediatamente senão pode vir a falecer, aí você vai deixar de tomar, ficar doente, para poder jogar? No caso do futebol existem substâncias que não ajudam tanto assim no rendimento, só atrapalham. É preciso pensar direito antes de punir as pessoas. O próprio Romário tomou um negócio para o cabelo que não tem nada a ver. Você acha que aquilo lá ia fazer o Romário correr mais, fazer mais gols do que ele já fez?

GE.Net: Ficou uma lição desse episódio, algo para você aprender daqui para frente?
Vaguinho: Eu estou chateado comigo mesmo por ter ido a um lugar inapropriado. Já havia mentido para ir nessa festa, então isso foi uma traição comigo mesmo. Já que não era para ter ido lá, preguei essa peça em mim mesmo para aprender. A gente fica vacinado nas coisas para não fazer novamente

GE.Net: Você já até teve uma experiência desagradável antes e pensou em abandonar a carreira. Conte como foi essa história.
Vaguinho: Isso aconteceu quando saí da Ponte Preta. Fui emprestado, voltei para Campinas, consegui pegar o meu passe e fui para o Joinville. Fiquei um ano lá e gostaria de levar o time para a Série B junto dos meus companheiros e não conseguimos. Daí eu já fiquei um pouco chateado de ver um estádio daquele, uma cidade daquelas jogando a Série C. O Joinville merecia estar na Segunda ou na Primeira pela estrutura que tem. Eu vi que estava lá e não aparecia nada e por isso pensei em largar. Foi sofrido para seguir esse caminho e, graças a Deus, o Benazzi apareceu na minha vida, me levou para a Portuguesa. Não pensei duas vezes em aceitar. O clube vivia um momento difícil, era o começo de 2007, tudo estava triste, caído por estar na Série B. Mas com a chegada do Benazzi, as coisas foram mudando.

GE.Net: O gosto pela bola falou mais alto, então...
Vaguinho: Futebol é gostoso demais jogar, tem pessoas que gostam da gente. Vendo você atuar, as pessoas ficam alegres. Alguns ficam o dia inteiro dentro de casa, vão ao estádio ver o time do coração jogar e voltam felizes pela vitória. Futebol é emocionante, é gostoso de praticar. E já que escolhi essa profissão, agora, tenho de ser bem centrado, bem mais profissional do que já fui para poder seguir novamente.

GE.Net: Ficar marcado em um clube como a Portuguesa valeu a pena no final? Acredita que o doping será menos lembrado do que o título da A-2 e o acesso no Brasileiro?
Vaguinho: É gostoso demais fazer parte da história. Eu tenho esse DVD que o pessoal fez, sobre o título da A-2. Foi emocionante. Vamos estar velhinhos e ter a fita para mostrar aos filhos, aos netos. Para mim isso que importa. É motivo de dar parabéns à Portuguesa por ter feito nesse ano o que muitos clubes não estavam fazendo.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Acabou o ano, restaram as perspectivas

Acabou o ano, a movimentação nos campos brasileiros fica pequena mas gigante nos bastidores.

Para os times que vão para libertadores muitas expectativas, para os que não chegaram lá, planejamento.

O ano nem terminou e já começou a dança dos técnicos. Na verdade a definição rápida foi um bom sinal. Sinal que os times estão adiantando o seu planejamento, já com o novo treinador.

Mas há sempre alguns que adoram adiantar seu sofrimento.

Nos lados do Parque Antártica tudo é somente esperança. Saiu Caio Júnior e ainda não entrou ninguém. Muito se fala de Luxemburgo e Dorival Júnior. Cuca já foi sondado mas preferiu ficar no Botafogo, mantendo sua palavra com os dirigentes.

Luxemburgo negocia com o Santos, mas balança pela possível falta de continuidade em seu trabalho e também pela liberdade de fazer mais um tour, não tão frustrante quanto o anterior, pela Europa. Dorival aguarda em Floripa pela resolução do impasse.

A grana é alta para trazer o Luxa, mas o projeto é bom e o investidor é forte, a Traffic de J. Hawilla. O tarefa de casa está sendo bem feita pelo time verde, mas ainda não há nada solidificado, somente apostas e levando em conta este cenário prefiro Dorival Júnior. Entre pagar milhões pela famoso prefiro pagar menos e apostar num crescimento conjunto entre instituição, jogadores e técnico. E no meio desse furacão de incertezas ainda resta mais uma, qual será o novo patrocinador. Isso sem pensar se Valdivia fica ou não.

No Santos além do impasse com Luxemburgo também há a espera de uma grande proposta pelo ótimo lateral Kléber. Sem Kléber o Santos é um time comum e pouco ouvi sobre contratações. Se Luxa sair sempre há um Leão a espreita, mas se Klebér sair?

Cuca que preferiu ficar pelo Rio vai pegar um Botafogo desmantelado. Sem a base do time que encantou no inicio do Brasileirão além da saída de Zé Roberto e Dodô teve as baixas de Juninho e Joilson, o primeiro praticamente acertado com o São Paulo seguindo o caminho de Joilson. Quem fica para contar a história? Lucio Flávio e Luciano Almeida, enfim, muito pouco.

O São Paulo por sua vez corre o risco de perder Breno e choraminga pelos cantos a falta de ética dos alemães do Bayern, apesar de fazer o mesmo inúmeras vezes, mas sabe que leva muito dinheiro por um zagueiro. De resto, mantém o técnico, a estrutura e a base. Para que algo melhor? Sim, há algo melhor, ainda consegue se reforçar. Agora mira Fábio Santos.

Mas quem realmente se reforça é o Fluminense. Todo dia anunciam algum novo alvo. Já passaram pelos planos tricolores de Riquelme a Felipe do Corinthians. Estou ansiosamente aguardando uma noticia indicando que o Flu tem interesse em Gerrard e Cristiano Ronaldo. De todos os absurdos noticiados contratou bem, trouxe Fabinho, ex Corinthians e Santos. Se trouxer o goleiro Felipe e mantiver, após luta na justiça, Thiago Neves terá um time consistente na disputa da Libertadores.

Para a Libertadores o Cruzeiro busca Paulo Baier e Fabricio, ex Corinthians. Se Paulo Baier vier como solução contra o sereno de Belo Horizonte será ótimo, caso contrário, péssimo. Para um time novo como o Cruzeiro a imagem de um jogador mais velho pode colocar a molecada na linha. Mas por enquanto, fora o Adilson, o resto é noticia. Preferia que o Adilson fosse apenas noticia.

O que corre por ai é o interesse do Corinthians no atacante Alecsandro. Desfalque para o Cruzeiro. Corinthians trouxe Mano mas pode perder Felipe, que foi a "quase" salvação do Timão. A fase e a divisão são totalmente novas e seguindo esta idéia já anunciou a dispensa de Fabio Braz, Arce e Júnior Negão, trouxe o bom xerife Chicão e o meia Rafinha. Finazzi tende a voltar para a Ponte, mas estou para ver qual corinthiano irá chorar a perda.

O Flamengo tem feito o certo, manteve Léo Moura, melhor lateral direito em atividade no país, e o técnico Joel Santana. O trabalho daqui para a frente é manter o resto do time. O Flamengo está com cara de Flamengo como a muito tempo não tinha. A torcida sabe disso e será sempre um homem a mais nos jogos em casa. Mas para os jogos fora será que o Mengo terá fogo a ponto de buscar a América?

No Sul o Internacional tende a perder Elder Granja, mas acho que quem sentirá falta dele será o fisioterapeuta. Manterá Abel Braga a frente do time e algo importante, as principais peças estarão com um ano a mais, penso que isso vai pesar. Mas ainda sim tem Nilmar e a grana do Pato.

O Grêmio trouxe Vágner Mancini e perdeu Tcheco entre outros. Pode trazer Soares, pouco utilizado no Flu e mais alguns reforços, nada de peso, mas dentro da realidade gremista.

A nota triste vai para o eminente falecimento do Clube de Regatas Vasco da Gama. Maior que a queda de cabelo de Romário será a queda deste tradicional time. Não tem tônico capilar contra o "estimado" Eurico. Perderá Leandro Amaral e pode perder Conca e Wagner Diniz. Vai sobrar quem? Romário e sua estátua. Descance em paz Vascão, que o fim seja o inicio de algo melhor.

E por aqui encerro. Agradeço a todos que leram, discordaram, riram e quiseram me mandar a merda.

P.S.: Confundi os Villaneuva, mas se me falassem que o Vasco contratou o Silva admito que também ficaria na dúvida de que Silva estariam falando.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Então, acabou

Neste momento tenho que ter meu momento sério, após um texto jogado de torcedor.

Acabou o Brasileirão e o nível foi baixo. Infelizmente.

Durante todo o campeonato acreditei que estava nivelado pelo meio mas não estava, estava nivelado por baixo mesmo. Me enganei achando o que marcava a linha de baixo era um time muito inferior, o pobre América, mas este está mais abaixo que tudo.

São Paulo campeão com 15 pontos de diferença para o vice. É desse ponto que parto, já que o São Paulo não apresentou o futebol virtuoso para tanto. Foi competente e eficaz, mas se imaginar que o craque de seu time e do Brasileiro foi o goleiro, por sinal pouco acionado dá para ter noção do que se viu.

Na última rodada Palmeiras, Cruzeiro e Grêmio lutando por uma vaga na Libertadores. Palmeiras precisando somente de seu esforço perde o jogo e Cruzeiro entra porque teve pela frente o América. Era a última vaga da Libertadores e times tão frágeis lutando por ela?

A reviravolta para esses 3 foi grande, todos trocaram de técnico. No lugar de Mano Menezes, Wagner Mancini, no lugar de Dorival Júnior, Adilson Batista, e no lugar de Caio Júnior, talvez Dorival.

Nem o Santos, vice-campeão, está seguro com Luxemburgo. Os sinais são claros que os times querem mais.

Mas como esperar mais? O craque do Brasileiro é goleiro num local onde se criam atacantes. Não concordei com a escolha, mas eleger quem? Valdivia? Acosta?
Foi eleito o único símbolo em campo de todos os times.

Falando em símbolo, para muitos o símbolo foi a torcida. Flamengo, com um grande time mas torto teve o apoio necessário para crescer. E o que acertou esse time? Joel? Para mim foi Ibson e Fabio Luciano. O time já tinha dois bons laterais, contensão competente no meio com Toró e Cristian, faltava organização no meio para que as peças funcionassem. A qualidade de Joel foi dar alma e colocar as peças em seu lugar. Ok, essa é a função do técnico! Mas sem material humano não há milagre.

Único milagre foi o Náutico encontrar Acosta. Pois esse sim fez milagre e tirou o Nautico do tão esperado rebaixamento. Mesmo estando um jogo sim outro não. Faz tanto gol quanto toma cartão.

E nesse caminho das Américas o Palmeiras e o Vasco encontraram suas alegrias. Valdivia com seus dribles levou o Palmeiras ao status de grande time, sem Valdivia não conseguiu fazer o básico. Vasco encontrou o jovem Conca, mas também trouxe das cinzas o bom Leandro Amaral. Vasco corre o risco de perder os dois, mas se adiantou e trouxe a promessa Villaneuva. Mas como ficar num time que tem uma predileção pela comédia e o descaso. Quero ver qual tônico capilar vai impedir que Romário perca os cabelos para deixar o time na linha.

Foi nas Américas que o Santos encontrou o que precisava para estar na Libertadores. Kleber Pereira direto do México. Já o Inter ganhou Ginãzu e muito dinheiro com o Pato. Há muito para queimar para garantir um grande ano colorado.

Já seu rival, Grêmio, está em fase de desmanche, já anunciado na reta final. Mas fez seu papel no ultimo jogo.

Afinal, me desculpem os torcedores, o Corinthians merecia cair. Não pela vingança, 2005 e afins mas para aprender uma boa lição e voltar ao tamanho igual a paixão de sua torcida. Muita desorganização e pouca bola. O time é ruim. Salvo o maravilhoso goleiro Felipe. Conseguiu ser pior que o Goiás!

Falando em Goiás, como será que ficou a cabeça de Paulo Baier. Penalti perdido contra o Corinthians e dois contra o Inter. Se o Goiás cai garanto que a insônia do Paulo seria brava.

Ok, mas foi tudo ruim? O interessante é que não foi. Houveram ótimas revelações e surpresas.

No gol, Diego Cavalieri, Felipe, Bruno, Diego; na zaga, Breno e Thiago Silva; no meio Hernandes, Thiago Neves mesmo abalado por pressão e erros de assinatura, no ataque Guilherme. Até Ramires ex-Jec merece destaque.

Houve Valdivia, Dodo com cafeina, Acosta, Richarlyson, Pierre, Léo Moura, Diego Souza, Miranda, Kléber na lateral e na seleção, Fábio Luciano e Ibson. Enfim, bons jogadores tratando a bola com carinho.

E para todo bom time, bons técnicos. O melhor, Muricy. No resto, promessas como Caio Júnior e Dorival e tarimbados mostrando serviço como Joel e Luxemburgo.

Então, acabou! No próximo texto, perspectivas.

E desde já, agradeço a todos que leram, valeu a pena escrever.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Pra acabá parcero

Saca aquele momento que tu tá nem ai parcero! Bem, é isso que me faz feliz e triste mano! Bah, acabou essa nhaca. Acabou o Brasileirão!

Bixo, vi de tudo. Vi até goleiro craque! Enfim bichim, foi isso que eu vi. Só não vi direito futebol.

Vi os jogos e cansei, nada mais que mais do mesmo. Mas algo me chama, nem que seja para fexar (homenagem a dúvida do Lula) essa bagaça.

Torcer é desejar a vitória e amar a derrota... de outros... Corinthians caiu, se ferrou! To nem ai, pagou pela merda que fez. Ganhou o Brasileiro? E ai? Caiu mano! Time ridiculo, mas que esqueçam essa diretoria... Enfim.. muitas piadas, mas sou torcedor... Mas e o Palmeiras, mano?

Foi ridiculo! Estava com a Libertadores na mão, mas escapou Harry Potter, Milhause (como é que é? Milhouse?).

Foi-se, tá fora! Que venha o parente do Dudu... quem é mesmo? Dorival? Junior? Po, puta sacanagem do pai do cara! Mas o bixo é bom.

Tá, mas pera aí! Cruzeiro na Liberdadores sem o cara que levou até lá. Até lá?

Dorival botou pão de queijo nas berada e nego corria pra pegá! Agora saiu e vai pro Parmera!

E em Minas fica quem? Leão saiu mas mordeu os porco! E o Dorival, mandou mal e nao foi legal! Mas o time corria! Vixi e como corria! Mas quase ficou fora da Libertadores, se não fosse uma ultima rodada contra o América-RN hein...

Quem nem o Botafogo, mas a cafeína acabou!

Só não acabou as rezas de dona Firmina. Benzedeira e flamenguista. E agora em busca da América graças a São Joel, São Ibson, São Fábio Luciano, São Leo Moura, São Toró... E olha que vai... o time é bom e a torcida é show mermão... Libertadores é o mengo quem vai.

Vasco despencou da colina e efetivou Romario como técnico, peixe! Com ou sem tônico capilar.

Bah, mas e os gauchos? Mandaram o Corinthians para a segunda divisão. Goias se salvou com o Inter e o Mano foi parar no Parque São Jorge. Na melhor né mano, um técnico Mano no Curintia!

Renato Gaucho e sua trupe mesmo sem querer não é que acabaram bem?!?

Na terra do leite quente o Paraná se foi. Como é que pode gente! Era lider e caiu?

Mas como foi fraco esse campeonato. Eu, como torcedor achava que os times estavam na meiuca... que meiuca, são ruim mesmo. Exceto as mocinhas competentes.

E é isso, enfim um texto com cara de torcedor... para brincar um pouco com tudo..

Já que a torcida fez a festa, com tantos cantos porque não ser um deles por um momento.

Vou ficar devendo mais dois textos... uma analise mais séria e uma expectiva sobre o futuro.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

A falta de animo para escrever

As vezes o cansaço pesa. Estou muito tempo sem postar nada. Na verdade nada me fazia comentar e olha que muitas coisas aconteceram.

 

Jogo mediocre da seleção, convocação da gurizada e reta final do Brasileirão.

 

Sobre a seleção, mesmo muito atrasado posso dizer de forma sintética que o jogo parece filme de terror B. Horrível. Uma das coisas mais medonhas que vi nos ultimos tempos. Pior é ouvir que Josué salvou a seleção, porque cheguei a ouvir isso. Será que é tão dificil entender que um pouco de lucidez, melhor marcação e menor distancia entre as áreas do campo já era o bastante? E a culpa cai sobre o trio fantastico, que não tem nada de fantástico.

 

Filme B com grande orçamento, bons jogadores, boa estrutura e diretor mediocre. Ainda bem que a terceira opção pro ataque foi a melhor. Luis Fabiano foi o camisa 9. Enfim um nessa seleção. Mas para o proximo ano será que terei que torcer para um urso siberiano atacar o Wagner Love?

 

O lado bom é que após um soco mal dado, o senhor Luis Felipe Scolari não possui mais o mesmo prestigio de outrora nas terras lusitanas.

 

Mas na verdade o que realmente me intriga é tentar entender o que se passa na cabeça de nosso estimado amigo da Branca de Neve. Admito que ver futebol sob um angulo diferente do plano superior que temos, como espectadores, vendo da arquibancada ou pela TV não é simples. Mas se não aguenta, porque veio?

 

Enfim, ver a seleção me tirou qualquer animo. STJD, arbitragem e afins trataram de enterrar o resto.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

É hoje que as esperanças se definem

Hoje obviamente é um dia de grande importância para mim. Palmeiras entra em campo sem Valdivia em busca da Libertadores.

 

Ganhando vai para 58 pontos, empata com o Flamengo, passa o Cruzeiro, se distancia de Grêmio e cola no Santos.

 

E hoje fecha a rodada.

 

Uma rodada até então de grandes frustrações para Grêmio e Cruzeiro, que buscam a Libertadores.

 

Cruzeiro queimou suas gorduras mas consegue surpreender em partidas perfeitas tal qual a jogada contra o Flamengo. Com uma possivel vitória palmeirense nesta noite ficará fora de tão desejado G4. Tem time e velocidade para se classificar, além de 3 pontos garantidos na ultima rodada contra o América-RN.

 

O Santos não chegou a assustar o Flamengo e eu sou obrigado a me redimir de qualquer crítica feita a Joel Santana. Neste jogo mostrou a ousadia necessária para buscar a vitória. Sacou Toró e Jailton para entrada de Obina e Roger. Deu certo, o resultado veio rápido e sem muito tempo para qualquer resposta santista.

 

Mas mesmo com a derrota o Santos está calmo e confiante. Para mim já tem a vaga garantida.

 

E o Grêmio? Este precisará de mais um milagre tal qual os dos Aflitos para se classificar. O clima é de desmanche, algo totalmente contrário a luta pela Libertadores. Saja, Diego Souza, Marcel e até Mano Menezes tem sua saída comentada na imprensa. Podem ser apenas noticias mas não me iludo com estas mas sei que se a mentalidade coletiva fosse a vaga as noticias seriam outras.

 

Ou seja, para mim neste momento as vagas são de São Paulo, Santos, Flamengo e mais um. Lutam pela ultima vaga Cruzeiro e Palmeiras. Como time sou mais Cruzeiro, como folego sou mais Palmeiras.

 

Hoje a noite as esperanças se definem.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Fechou a rodada

Ontem a rodada foi finalizada. Tem história para quase todos os times. Acredito que hoje há somente o Fluminense totalmente a deriva.

 

O Inter se colocou a deriva, fuga do rebaixamento e férias antecipadas. Tem gente festejando e gremista resmungando. Irônico vai ser gremista torcendo para o colorado. É a vida pregando peças.

 

Com Cruzeiro e Palmeiras pela frente o Internacional tem a chance de tirar o Grêmio da Libertadores. O problema é Nilmar deixar.

 

Nilmar voltou de cirurgia voando. Num jogo chuvoso encarou o Vasco, ambos sem grandes espectativas mas nesse dia Nilmar fez ventar forte em São Januário, parceiro. E ainda ouvi gente reclamando dos gols que ele perdeu.

 

A disputa no Rio agora é quem fica com menos pontos. Vasco desencontrado e Botafogo empatando com América-RN. Não merecia ter empatado, mas até isso só acontece com o Botafogo, empatar com o lanterna e rebaixado.

 

E falando em rebaixamento um empate no final foi o bastante para tirar momentaneamente o Corinthians da zona. Se Finazzi como jogador é um bom engenheiro ao menos na hora que precisa ele tem marcado. Não é nem de perto um craque mas pode ser lembrado com carinho pela Fiel ao final do campeonato.

 

Falando de jogador do Timão, penso que se Vampeta é um “otário sem sorte” ao menos a “sorte” de conhecer muito bem o peso da amarelinha este já teve em compensação o carissimo Souza deveria se preocupar em jogar na mesma medida que consegue falar, ai sim poderia desfrutar da mesma sorte.

 

Mas nesse final de rodada a “sorte” foi para o lado de Souza, mesmo que por meios um tanto estranhos. Com a segunda vitória seguida do Juventude este pode acordar para a vida e incomodar o sono corinthiano. Está longe para apenas 3 rodadas mas qualquer minuto de sono corinthiano perdido já é um bom lucro.

 

Perder para a turma do fundão virou sina para o Palmeiras, mesmo com Valdivia tropeçou para o Sport. Justamente com falhas de um grande zagueiro, Gustavo. A Libertadores só não ficou longe porque o Cruzeiro ressurgiu, justamente contra o Flamengo, que também luta pela vaga.

 

O Cruzeiro acabou com o Flamengo. Não deu chance ao embalado time da Gávea. Até as laterais, grande arma rubro-negra, não funcionaram com Juan substituido por Roger.

 

O susto só não foi maior porque em casa o Grêmio tratou de perder para o Figueirense. Se o Palmeiras tem balançado na reta final, o mesmo pode se falar do Grêmio. Agora pega o São Paulo campeão porém nem um pouco afim de ver o seu algoz de Libertadores novamente no seu caminho em busca da América. Valdivia deve ter ocupado demais as atenções do tricolor gaúcho.

 

O mais seguro na busca pela Libertadores é o Santos. O empate não foi o melhor resultado sendo este conquistado na Vila Famosa. Mas foi só sentar na frente da TV para ver Palmeiras, Grêmio e Flamengo patinando que o resultado pareceu muito melhor que o esperado. Pensar que neste ano achei equivocada a declaração de Luxemburgo que dizia que o Santos lutaria pelo titulo quando este figurava nas ultimas posições. É isso que dá duvidar de Luxemburgo.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Copa União 1987

Reportagem muito interessante da revista "Trivela" sobre o surgimento do "Clube do Treze" e a realização da Copa União de 1987. Vou colocar na integra e respeitar as fontes

 

Crise, revolução e traição - 05 de Novembro de 2007

 

Com o testemunho de 122.001 torcedores que lotavam o Maracanã no fim da tarde de 19 de julho de 1992, o Flamengo empatou em 2 a 2 com o Botafogo e conquistou o Brasileirão. Para o clube, era seu quinto campeonato nacional. Por isso, o capitão rubro-negro Júnior ergueu a Copa Brasil como se tomasse posse definitiva do troféu. Para a CBF, porém, era apenas o quarto título flamenguista e a taça continuaria à espera do primeiro pentacampeão nacional. Diante do impasse, a famosa peça de bolinhas criada pelo artista Maurício Salgueiro foi tirada de circulação e até hoje não tem dono.

A falta de um destino para esse troféu parece uma questão menor, mas dá um bom sinal de como as autoridades até hoje não equacionaram a disputa entre Flamengo e Sport para definir o campeão brasileiro de 1987. Uma história que muitas vezes é reduzida à validade de um cruzamento entre os melhores do Módulo Verde (formado pelos grandes clubes) com o do Amarelo, mas que envolveu briga política, mudança de regulamentos e até traição.

Capítulo 1: CBF em crise institucional
Na metade da década de 1980, já não havia mais condições de manter os Brasileirões inchados, com até 94 participantes. A própria CBF determinou que, em 1987, o campeonato seria reduzido para 24 clubes, definidos pelas posições na segunda fase do torneio no ano anterior. Seria simples, se os problemas não começassem ainda na Copa Brasil 1986.

No final da primeira fase, o Joinville pediu os pontos do empate em 1 a 1 com o Sergipe alegando que um jogador do adversário foi pego no exame antidoping. O CND (Conselho Nacional de Desportos) contrariou a CBF e determinou que os catarinenses tinham a vitória, o que agradou ao então ministro da educação Jorge Bornhausen. A decisão, porém, tiraria da segunda fase o Vasco. A confederação ainda envolveu a Portuguesa na discussão e, para agradar a todos, nenhum desses três clube foi eliminado. Pior, sob influência do chefe da Casa Civil, o pernambucano Marco Maciel, foram abertas mais três vagas na segunda fase, o que beneficiou Náutico, Santa Cruz e Sobradinho-DF.

A falta de autoridade da CBF para impor suas decisões não era gratuita. A entidade vivia grande confusão administrativa desde a eleição à presidência da entidade no início de 1986. Nabi Abi Chedid e Medrado Dias eram os candidatos e havia a expectativa de empate. Se isso ocorresse, Dias seria eleito pelo critério de idade. Assim, momentos antes da votação, Nabi inverteu a chapa com seu vice Octávio Pinto Guimarães, mais velho que o concorrente. Guimarães venceu por um voto e assumiu a presidência da CBF.

Esperava-se que Guimarães fosse presidente apenas formalmente, pois o comando seria de Nabi. “Cheguei a participar de uma reunião que discutiu se Guimarães deveria renunciar meses depois de assumir”, revela Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo na época, em entrevista à Trivela. Isso não ocorreu e o presidente eleito resolveu fazer valer seu poder, o que desagradou o vice. Sem comando forte, o poder da CBF se deteriorou rapidamente. Os reveses se acumulavam – incluindo a derrota para Estados Unidos e Marrocos na concorrência para sediar a Copa de 1994 – e até a situação financeira da entidade era delicada.

Capítulo 2: nasce o Clube dos 13


Enquanto a CBF estava à deriva, os clubes já se organizavam para fazerem valer seus interesses. No caso, a maior preocupação era fazer lobby para incluir na pauta da Assembléia Constituinte – que se formaria em 1988 – um artigo que lhes desse autonomia de organização e funcionamento. A campanha foi bem sucedida e a união de clubes ganhou força. Em abril, Flamengo e São Paulo se negaram a ceder seus jogadores para uma excursão da Seleção Brasileira à Europa e tiveram respaldo do CND. Márcio Braga, presidente do Flamengo na época, saiu da reunião que anulou a convocação da Seleção dizendo, triunfante, que era o “fim do autoritarismo no futebol brasileiro”.

Em junho de 1987, Octávio Pinto Guimarães anunciou: “a CBF não tem condições de organizar o Campeonato Brasileiro deste ano”. O motivo era a falta de dinheiro para arcar com as viagens dos times e outras despesas da competição. Sob o risco de ficar sem a competição que já era a mais importante do calendário, os grandes clubes resolveram tomar as rédeas da situação. “Liguei para o Nabi e perguntei se era sério o que o Octávio falava. Ele disse que era e ‘deu a bênção’ para que organizássemos o campeonato se quiséssemos”, conta Aidar.

O dirigente são-paulino propôs a comandantes de outros times tradicionais a formação de uma associação de clubes para organizar o Brasileirão. Foram convidadas as equipes mais tradicionais de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Para evitar o rótulo de elitista, também foi convidado um representante do Nordeste, o Bahia. Assim, surgiu a União dos Grandes Clubes Brasileiros, conhecida como Clube dos 13. O presidente são-paulino passou a comandar também a associação.

Capítulo 3: a Copa União ganha forma


Quando foi formatado o novo Campeonato Brasileiro, a intenção foi transfornar a competição em um grande produto para o mercado. O principal atrativo era haver apenas confrontos entre clubes de grande torcida. Por isso, não houve critérios técnicos para a definição dos participantes. Guarani e América-RJ, pela ordem, vice-campeão e semifinalista no ano anterior, foram preteridos. “Nossa idéia era romper os vínculos com modelo antigo do torneio, começar uma nova história”, comenta Márcio Braga, presidente do Flamengo. “Priorizamos os clubes que viabilizariam financeiramente uma competição à beira da falência”, acrescenta.

Ainda assim, o Clube dos 13 contava com o apoio da CBF. “A única exigência da entidade para oficializar nosso Campeonato Brasileiro foi a inclusão de mais três clubes de outros Estados”, comenta Aidar. Assim, foram chamados Coritiba, Santa Cruz e Goiás, clubes mais populares e donos de melhor histórico nacional entre paranaenses, pernambucanos e goianos na época. Novamente, não se podia falar em critérios técnicos, pois o Coritiba não era campeão paranaense (perdera o título para o Pinheiros) e fora 43º na Copa Brasil de 1986.

Com participantes definidos, o Clube dos 13 correu atrás de apoio financeiro. João Henrique Areias e Celso Grellet, diretores de marketing de Flamengo e São Paulo, comandaram o projeto comercial. O torneio foi batizado de “Copa União” para ter uma marca que enfatizasse a nova fase do futebol brasileiro e pudesse ser licenciada por diversas empresas. Além disso, a organização obteve o patrocínio oficial de Rede Globo, Coca-Cola e Varig.

A Coca-Cola colocou seu logotipo nas camisas de todos os clubes que não tivessem patrocinadores (apenas Flamengo, Palmeiras e Corinthians tinham contratos a cumprir) e no círculo central do gramado (depois, a Fifa vetou essa idéia e a marca ficou dentro dos gols). A Rede Globo transmitiu o campeonato com exclusividade, com a permissão de passar as partidas na cidade em que eram realizadas. A condição era que, minutos antes de a rodada começar, a emissora fizesse um sorteio de qual jogo seria visto por todo o país (o que gerou a curiosa situação de, em uma tarde com São Paulo x Corinthians e Flamengo x Fluminense, o Brasil inteiro viu Bahia x Goiás, que acabou sendo a despedida de Mário Sérgio).

Capítulo 4: Traição, e a CBF volta à cena


A forma como surgia a Copa União deixou vários clubes descontentes. Os líderes do movimento eram América-RJ, Guarani e Portuguesa se sentiam injustiçados, pois teriam direito de estar na elite pelo desempenho no Brasileirão de 1986. “Não dá para aceitar um Campeonato Brasileiro em que os clubes grandes viram a mesa só porque não querem dividir o torneio com ninguém”, brada Homero Lacerda, diretor de futebol do Sport e presidente do clube em 1987. “Os dirigentes de todos os outros clubes sempre foram contra essa atitude autoritária do Clube dos 13 na época.”

O sucesso comercial da competição organizada pelo Clube dos 13 também saltou aos olhos da CBF. Desse modo, a entidade decidiu organizar uma competição com 16 clubes que estavam de fora da Copa União. Usou como critério a classificação do Brasileirão de 1986, apesar de deixar de lado a Ponte Preta em favor do Sport, e conseguiu o apoio do SBT. Depois, a CBF mudou seu discurso e deixou de considerar a Copa União como o Brasileirão. Naquele momento, o torneio dos grandes seria o Módulo Verde e o outro, o Amarelo. Os dois melhores de cada módulo se enfrentariam para definir o campeão nacional.

O Clube dos 13 decidiu boicotar o cruzamento. No entanto, a CBF contou com um apoio de dentro da união de clubes. “O Eurico Miranda era vice-presidente de futebol do Vasco e ficou como nosso interlocutor na CBF”, comenta Aidar. “Ele nos traiu e deu sinal verde para a CBF virar a mesa, mesmo contra a determinação dos outros 12 clubes de não fazer cruzamento com o Módulo Amarelo.” O Clube dos 13 não assinou o regulamento proposto pela confederação, mas já estava aberta a brecha para a confusão.

Os dois torneios caminharam e não se falava em cruzamento. Para a mídia, o título brasileiro se decidia na Copa União. O Flamengo conquistou o torneio ao surpreender o invicto Atlético-MG de Telê Santana na semifinal e ao bater o Internacional na decisão. O Módulo Amarelo teve percalços. Nem a possibilidade de cruzamento contentou América-RJ e Portuguesa, que decidiram boicotar o torneio. A Lusa voltou atrás posteriormente, mas os rubros, de fato, não jogaram uma partida sequer. No final, Guarani e Sport dividiram o título após empate em 11 a 11 na disputa de pênaltis.

Em janeiro daquele ano, a CBF impôs seu regulamento e determinou que seria realizado um mata-mata entre Flamengo, Internacional, Sport e Guarani. Flamenguistas e colorados confirmaram a decisão de boicotar o cruzamento e não compareceram às semifinais. Assim, Sport e Guarani fizeram a final, vencida pelos pernambucanos. As duas equipes representaram o Brasil na Copa Libertadores e foram oficializadas pela CBF como campeão e vice do país em 1987. O CND tinha outra visão e deu o título ao Flamengo. Anos depois, o Rubro-Negro de Recife ganhou o campeonato na Justiça.

Capítulo 5: Legado


Não demorou para o Clube dos 13 se aliar à CBF e o movimento não teve continuidade. “Não chegamos a tomar o poder na época por falta de continuidade do caráter político do movimento”, avalia Carlos Miguel Aidar. Hoje, a associação de clubes tem como principal função negociar os direitos de transmissão do Brasileirão.
A confederação voltou a organizar o Brasileirão, apesar de o nome Copa União ter sido mantido em 1988. “A Globo apoiou com força o torneio de 1987 e se sentiu traída pelos clubes no ano seguinte”, afirma o jornalista Juca Kfouri, comentarista da emissora carioca na época e notório entusiasta da Copa União de 1987.

Ainda assim, não se pode dizer que o torneio não deixou seus rastros. A competição organizada pelos grandes clubes teve público médio de 20.877 pagantes, o segundo maior da história do campeonato nacional. Com o dinheiro vindo de patrocinadores, os clubes arrecadaram o equivalente a uma média de público de cerca de 40 mil pagantes. Ficou evidente a demonstração de força dos clubes, que ganharam mais voz nas discussões sobre o destino do futebol brasileiro.

Desde então, o principal torneio de clubes do país passou a prever sistema de promoção e rebaixamento (as exceções foram em 1993, com uma virada de mesa para resgatar o Grêmio, e em 2000, com a criação da Copa João Havelange após a batalha jurídica entre Gama e CBF). “O que era para ser uma revolução se transformou em uma transição, mas não deixou de ter sua importância histórica”, comenta o jornalista Celso Unzelte, pesquisador da história do futebol brasileiro.

O fato de sempre haver um asterisco quando se fala no campeão brasileiro de 1987 não abala o Sport, detentor de direito do título. “Essa confusão toda até foi boa para a gente, pois todos se lembram que somos os campeões de 1987. Ninguém fala no título do Bahia em 1988”, ironiza Lacerda. Para o jornalista Roberto Assaf, autor de três livros sobre a história do Flamengo, o fim da polêmica depende da CBF. “Enquanto a CBF não determinar que o Flamengo também é campeão de 1987, sempre vai se discutir a legimitidade da conquista do Sport.”

E o troféu Copa Brasil? Bem, quando foi criado, em 1975, ele teria posse definitiva do primeiro clube que conquistasse três Brasileirões consecutivos ou cinco alternados. Pelos critérios da CBF, até hoje a peça não tem dono. Pelo Clube dos 13, é do Flamengo. Para não aumentar a confusão, a confederação desistiu da taça, esquecida em um cofre da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro.

OS ATORES DA PEÇA

Clubes grandes
Estavam dispostos a se unirem para ganhar autonomia e mudar a estrutura do futebol de modo que explorassem melhor seu potencial econômico. Aproveitaram a desistência da CBF em organizar o Brasileirão de 1987 e criaram o Clube dos 13.

Clubes pequenos
Alguns, como América-RJ, Guarani e Portuguesa, se sentiram prejudicados pela falta de critério técnico na definição dos participantes da Copa União e muitos falaram que era uma “virada de mesa”.

CBF
Com presidente e vice que não se entendiam, a entidade estava desgovernada, sem força política e em crise financeira. Não tinha mais condições de segurar a vontade dos clubes de se organizarem por conta própria.

CND
O Conselho Nacional de Desportos foi criado por Getúlio Vargas para regular os esportes de competição no Brasil. Era o meio de o governo interferir no esporte, mas, na metade da década de 1980, o CND era presidido por Manuel Tubino e tinha uma visão mais progressista, incentivando o aumento de autonomia dos clubes. O órgão foi extinto em 1993, no governo de Itamar Franco.

Patrocinadores
Globo, Coca-Cola e Varig viram na Copa União o primeiro Campeonato Brasileiro em torno do qual haveria uma grande mobilização nacional. Assim, apoiaram o Clube dos 13 e criaram diversas ações de marketing específicas para a competição.


Obs.: reportagem originalmente publicada na edição nº 15 (maio de 2007) da revista Trivela



quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Pontos corridos, emoções garantidas

Ainda ouço muita gente esbanjando nostagia e defendendo com ardor o tempo do famoso mata-mata.

 

Sendo simplista penso que campeonato é campeonato e copa é copa, ou seja, campenato é igual a pontos corridos e copa é igual a mata-mata.

 

Os defensores do mata-mata defendem o gosto da final, das disputas. As disputas estão presentes hoje a 5 rodadas do final. Contas, torcida e vários times disputando vagas para a libertadores, para a sulamericana e fugindo do rebaixamento.

 

Virou uma diversão para todos, onde pouquissímos se veem alheios tal qual o Fluminense. Algo tão interessante e unico que há até sites divulgando cálculos para simular a classificação de seu time ao final do campeonato.

 

Admito que a emoção do mata-mata é unica porém a organização garantida pelo campeonato de pontos corridos tem sido um divisor de águas no Brasil, exacerbando a organização, a regularidade e o bom trabalho de um time ao longo de um campeonato.

 

Foi-se o tempo em que um time se classificava numa combinação de resultados na última rodada e acabava campeão. Um time que mesmo desorganizado chegava ao título. Casos clássicos como o Bahia de 88 ou o Flamengo de 92 demonstram que nem sempre o melhor ao longo do campeonato ganha.

 

Cabe lembrar também que ano a ano o mata-mata mudava. Houveram até fórmulas um tanto esdrúxulas como o campeonato de 88 onde os jogos que acabavam empatados eram desempatados nos penaltis. O melhor time, se não acabava campeão acabava no ostracismo tal qual o Vasco da Gama de 92. Viu-se até uma quase repetição de 87 em 2000 com a Copa João Havelange seguindo a polêmica Copa União. Enfim, sem a Copa União não estaria em discussão de quem é definitivamente a taça ao alcançar o penta campeonato.

 

Mas a organização do campeonato parece que ainda não ganhou os corações ávidos por uma final. Isso é Brasil.

 

Para maiores informações sobre a história do brasileirão: http://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Brasileiro_de_Futebol#Sobre_os_campe.C3.B5es

Para brincar com a classificação: http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Campeonatos/0,,MUL164210-4276,00.html

 

Coloque seus resultados, confira os classificados e torça para seu time. Mesmo sem final a emoção é garantida.

Enfim campeão

Nesta quarta-feira o São Paulo chegou ao titulo que já era sabido a algumas rodadas.

 

É obrigado se dar o verdadeiro mérito ao mais novo campeão brasileiro. Se junta ao Flamengo como penta campeão pois considerar que o título de 87 foi do Sport é muito leviano, algo que não é incomum ao novo campeão.

 

São Paulo, o unico time campeão em cada uma das decadas desde que começou o campeonato brasileiro em 1971, possivelmente apresentou o futebol mais competente de todos os seus campeonatos.

 

Sem a mesma quantidade de craques de outrora, tendo como seu unico craque o goleiro Rogério Ceni, mostrou um futebol competente, correto. Com a segunda melhor média de gols sofridos na história dos brasileiros e a maior antecedência na conquista do título mostrou que soube vencer adversidades.

 

Um inicio de campeonato pouco empolgante, questionamentos em relação a qualidade do técnico Muricy e um time que se resumia a uma forte defesa, foi crescendo no campeonato e se tornando cada vez mais imbativel. Surgiram novos valores como Hernanes e Breno, o ataque começou a funcionar e a “sorte” que insistia em prejudicar eventuais adversários na busca do titulo garantiram a arrancada e a folga necessária para jogar seu melhor futebol sem pressão.

 

Parabéns ao campeão.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A hora do marketing esportivo

Após uma mera formalidade foi confirmado que a Copa do Mundo de 2014 será no Brasil. A falta de concorrentes tornou simples a escolha.

Será uma grande oportunidade de mostrar ao mundo que podemos, mesmo sem histórico, ser organizados.

Uma imensidão de dinheiro será gasto, desviado, utilizado para fins diversos menos futebol, super faturamento, promoção politica. Será um carnaval na republica das bananas. Por puro conformismo direi que não será diferente do que acontece todos os anos, somente em proporções bem maiores. Será um grande banquete.

Estádios serão modernizados, trará maior visibilidade ao futebol brasileiro, incentivará o turismo, mostrará o Brasil para o mundo. Praticamente perfeito.

Mas os frutos somente serão colhidos por anos se houver um perfeito e integrado planejamento de marketing. Será a hora de tornar o futebol brasileiro um grande mercado da bola. A estrutura será preparada cabe utilizar da melhor forma.

Se o espetáculo da bola acontece na Europa chegou a hora de mostrar que aqui ocorre a Premiere. Quer ver o show antes, pague o valor justo para isso. A copa nos dará os palcos, os astros da bola surgem a todo ano, só falta saber inovar nas fontes de obtenção de receitas.

Levando em conta isso encontrei no youtube um video de um programa japonês que mostrava “A arte de bater faltas – by Rogério Ceni”. Diversos chutes no ângulo, diversão dos japoneses entusiasmados. Pura propaganda.

Alguns podem dizer que isso não é futebol. Realmente não é futebol mas é o meio de se ganhar dinheiro com o futebol.

Porque vender um craque se a imagem dele paga qualquer transação? O São Paulo tem traduzido em títulos o bom planejamento de marketing.

Penso que se a Copa do Mundo não trouxer esse desenvolvimento necessário aos bastidores da bola, ao marketing da bola, não poderemos nunca mais reclamar da saída prematura de nossos craques. A oportunidade de virar referência e não apenas uma colonia que cede sua matéria prima está nas mãos, cabe a nós aproveitá-la.