quinta-feira, 5 de julho de 2007

Uma aula de "Como desorganizar ainda mais uma seleção"

Para não ser repetitivo vou fingir que o jogo não aconteceu, prefiro pensar que o que aconteceu foi algo parecido com bagunçar de vez um cubo mágico (aquele cubo onde todos os lados deveriam ficar com uma cor). No jogo contra o Chile, mesmo longe do acerto dava para pensar que mexendo uma peça aqui outra ali, uns dois ou três lados do cubo ficariam da mesma cor. Então o técnico mexe em umas peças e tem como resultado uma verdadeira bagunça. Coloca 3 volantes e desorganiza o ataque, as alas e o pior, limita a peça mais importante (Robinho). Mas até então a bagunça tinha como ser concertada mas ao invés de voltar atrás ele mantém o que fez e muda outra peça. Ao invés de tirar um dos volantes, colocar um homem de criação a mais para soltar o Robinho e se aproximar dos laterais o técnico tira Julio Batista e coloca Diego. Na outra modificação troca Gilberto por Kléber na lateral esquerda, tira uma peça e coloca outra da mesma cor no lugar. Resultado final, um golz de penalti e uma bagunça sem tamanho onde nenhum dos lados tem a mesma cor e não ajuda em nada os outros virem a ter.
O que mais me assusta é que pra completar a desordem Daniel Alves e Maicon estão fora. Para o próximo jogo deixar todos os lados do cubo corretos já era improvável, sem essas duas peças é impossível. Ainda mais na mão de quem está movimentando as peças do cubo mágico. O técnico Dunga tem um problema insolúvel para seu potencial.
Muitos podem pensar: está uma bagunça, mas é contra o Chile que ganhamos de 3 x 0. Para mim são jogos totalmente diferentes e agora o Chile já sabe muito bem quem pode mexer as peças e concertar o jogo. Robinho irá suar muito.
Será que contra o Chile um só Robinho aguenta (de novo) ?

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