domingo, 1 de julho de 2007

Na seleção a melhor forma de corrigir um problema é arranjar um culpado

Várias vezes já ouvi que se você tem um problema mas tem em quem colocar a culpa então o problema está resolvido. A leviandade em tal atitude é mais que óbvia mas parece que na seleção brasileira não vêem deste modo. Ainda não dá para afirmar, mas daqui a pouco pode se confirmar a entrada de Anderson no lugar de Diego. Não questiono a qualidade do jovem Anderson mas questiono a decisão do técnico Dunga. Fica a impressão que o time não funcionou com Diego em campo e que ele foi o culpado pela derrota para o México. Acho leviano caracterizar que a culpa pela fraca apresentação no primeiro tempo foi culpa do Diego. Para mim além da evidente falta de qualidade do técnico Dunga, falta lhe também convicção em suas decisões. Diego recebeu a camisa 10, treinou com a equipe titular e na primeira derrota é sacado. Uma decisão muito simples já que o correto seria rever todo o conceito de jogo aplicado na seleção. A seleção não utilizou as laterais, não cruzou na área, não teve a subida de quaisquer elemento surpresa tal qual o Mineiro fazia no São Paulo treinado pelo Muricy (que é considerado fraco pela torcida são paulina). Apresentou espaços entre a defesa e o meio campo, tanto na defesa quanto na saída de bola, fazendo com que o Diego tivesse que buscar bola na defesa. Enfim, apresentou diversas falhas e achar que a simples troca de Diego por Anderson fará milagres é limitado e leviano por parte do técnico Dunga.
Um técnico de uma seleção é acima de tudo um líder e como tal deve passar segurança para seus comandados, demonstrar convicção e acreditar na qualidade dos jogadores. Lembro da Copa de 2002 em que o então técnico Luiz Felipe Scolari manteve durante toda a primeira fase o jogador Juninho Paulista no time mesmo este sendo durante criticado por toda a opinião pública. Foi convicto e somente após a primeira fase o retirou do time colocando em seu lugar o jovem Kléberson justificando a troca como necessidade de modificar o esquema tático pois entrariam no mata-mata e agradecendo ao Juninho por todo o trabalho realizado.
Espero que um técnico de uma seleção nacional tome decisões mais convictas e de maior qualidade e acima de tudo tenha a hombridade de assumir seus erros sem ter que arranjar culpados.

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