quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O espetáculo

Me permitam ter meu momento Regis Resing, e por favor não ataquem pedras.

 

Ontem foi dia de espetáculo, um grande palco, atores globais e estrelas da bola.

 

Maracanã lotado. O estádio que já abrigou o maior número de torcedores da história, mais de 200 mil em um jogo, ontem viu um show de estrelas.

 

Como todo grande espetáculo foi dividido em cenas, teve seus coadjuvantes, seus astros e seu gran finale.

 

Iniciamente o enredo foi apresentado, um Brasil com Vagner Love e um Equador cheio de vigor. Parecia ser apenas mais do mesmo mas aos 19 minutos, numa jogada que começou numa invertida de bola de Ronaldinho Gaucho, com uma cabeçada de Robinho para Maicon, que devolveu para Robinho, que com um grande passe colocou Maicon na corrida que com um sutil toque dribla o marcador e cruza para Vagner Love. Brasil 1 x 0.

 

Depois disso começou o drama. Jogo feio, improdutivo, com Mineiro correndo e brigando, seleção mal armada e somente jogadas isoladas. Mas o Equador não assustava.

 

Um espetáculo tem comédia e a torcida fez sua parte. Ouvir “Ooooo, toma no c... Galvão, toma no c.. Galvão”, foi maravilhoso. Estava adorando os gritos de torcida, mas esse foi campeão. Adorei, ri muito.

 

Também tem malabarismo de Julio César, muito seguro e hoje firme como titular, muito merecido por sinal.

 

Vira o campo, mas o time se mantém o mesmo. A tensão aumenta, as vaias aumentam, o drama aumenta. Kaká puxa pelo meio, tenta fazer algo, chuta sem força, Ronaldinho desvia.... gol. Brasil 2 x 0.

 

Não me convencia mas aceitava. Nessa altura o centroavante mais amado do Dunga já havia perdido duas chances de gol.

 

Nesta hora, quando todos pensam que tudo se encaminhará calmo até o fim surge a virada da história para engrandecer o espetáculo. Sai Vágner Love e entra Elano. Enfim a formação perfeita a meu ver.

 

Animos novos e gostinho de grande apresentação. A bola sobra no meio, Kaká abre o chute e manda com perfeição uma bola do meio da rua no ângulo. Golaço. Então surge o êxtase, o delírio da torcida. O Maracanã abraça Kaká e grita “é o melhor do mundo”.

 

Mas se alguém estava feliz, estava se contentando com pouco. O show tinha que continuar e aos 38 minutos surge a mágica. Numa sequência de dribles que tive que assistir diversas vezes para compreender o que meus olhos não conseguiam acreditar Robinho fez mágica, molecagem. Gol de Elano após sobra da defesa.

 

E o gran finale? Sim, teve gran finale. Kaká despretenciosamente chuta de longe, uma bola fraca e o goleiro aceita como que se rendesse ao show brasileiro.

 

Nessa altura os equatorianos rezavam pelo fim e os brasileiros sorriam pelo show. Fecham-se as cortinas e só se veem sorrisos.

 

Fiquei me perguntando se tudo aquilo que vi foi bom o bastante. Foi muito bom, sempre é bom ver craques fazendo o que sabem.

 

Ainda acho que pode ser melhor mas isso só veremos no próximo espetáculo, de preferência com Elano no lugar de Vágner Love desde o início.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nao é tacar pedra, mas o texto parece o resultado de uma noite de orgia entre o Regis Resing e o Armando Nogueira...não que eles não possam fazer orgias sem proteção, mas eu rogo pra que se isso aconteça, que ambos sejam estéreis!!!!
abrasssssssssss